Prescrição e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) em atividades com exposição a produtos químicos cancerígenos, mutagênicos e reprotóxicos (CMR): pesquisa-ação pluridisciplinar em uma fábrica francesa de decoração para móveis

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29 août 2019

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Fabienne Goutille et al., « Prescrição e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) em atividades com exposição a produtos químicos cancerígenos, mutagênicos e reprotóxicos (CMR): pesquisa-ação pluridisciplinar em uma fábrica francesa de decoração para móveis », Laboreal, ID : 10.4000/laboreal.2930


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Résumé Pt Es Fr En

A questão da eficácia das medidas de prevenção de riscos associadas ao uso de produtos químicos CMR coloca desafios importantes para a saúde dos trabalhadores expostos. De modo geral, as medidas de prevenção se limitam ao uso de EPI, embora a regulamentação privilegie a utilização de equipamentos de proteção coletiva (EPC). As dificuldades ligadas ao uso de EPI são, em geral, conhecidas: incômodo nos movimentos, desconforto térmico, formas inadaptadas, desgaste precoce. A originalidade do trabalho em tela está na articulação dos conhecimentos necessários sobre os perigos dos produtos, as modalidades de prescrição dos EPI pela empresa e a percepção dos trabalhadores sobre os riscos, sobre os efeitos sobre seus corpos e sobre a eficácia dos EPI. Esse trabalho, sob a forma de estudo de caso, se origina em abordagem transdicisplinar fundada na Ergonomia, segundo a perspectiva da Ergotoxicologia.

La eficacia de las medidas de prevención de los riesgos asociados al uso de productos químicos CMR (carcinógenos, mutágenos y reprotóxicos) plantea desafíos importantes para la salud de los trabajadores expuestos. En la mayoría de los casos, las medidas de prevención están limitadas al uso de Equipos de Protección Personal (EPP), aunque la regulación favorezca a los Equipos de Protección Colectiva (EPC). Generalmente, las dificultades relacionadas con el uso de EPP se conocen: molestias en los movimientos, incomodidad térmica, formas inadecuadas, desgaste prematuro. La originalidad del trabajo presentado en este artículo es articular los conocimientos necesarios sobre los peligros de los productos, las modalidades de prescripción de los EPP por parte de la empresa y la percepción de riesgo de los trabajadores, los efectos en sus cuerpos y la eficacia de los EPP. Este trabajo, bajo la forma de estudio de caso, proviene de un enfoque transdisciplinario basado en la Ergonomía, desde la perspectiva de la Ergotoxicología.

La question de l’efficacité des mesures de prévention des risques liés à l’usage de produits chimiques CMR représente des enjeux forts en termes de santé des travailleurs qui y sont exposés. Le plus souvent, les mesures de prévention se bornent au port d’équipements de protection individuelle (EPI) alors que la réglementation privilégie des équipements de protection collective. Les contraintes liées au port des EPI sont généralement connues : gêne dans les mouvements, inconfort thermique, formes inadaptées, usure précoce. L’originalité du travail qui va être présenté dans cet article est d’articuler les connaissances nécessaires sur les dangers des produits, les modalités de prescription des EPI par l’entreprise et la perception qu’ont les travailleurs des risques, des effets sur leur corps et de l’efficacité des EPI. Ce travail sous la forme d’une étude de cas est issu d’une approche transdisciplinaire ergonomie et anthropologie et ce, dans une perspective méthodologique en ergotoxicologie.

The question of the effectiveness of the risk prevention measures related to the use of CMR chemicals represents high challenges in terms of the health of the workers exposed to them. In most cases, prevention measures are limited to the use of personal protective equipment (PPE), although the regulation favours collective protective equipment (CPE). Constraints related to wearing PPE are generally known: discomfort in the movements, thermal discomfort, inadequate forms, premature wear and tear. The originality of the work to be presented in this article is to articulate the necessary knowledge about the dangers of the products, the PPE prescription modalities by the company and the workers’ risk perception of their effects on their body and of the PPE’s effectiveness. This work as a case study emerges from a transdisciplinary approach based on ergonomics, according to the Ergotoxicology approach, and on Anthropology.

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