A crise de legitimidade da governança climática global. Combinação de uma perspetiva marxista e polanyiana

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30 octobre 2013

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Jonas Van Vossole, « A crise de legitimidade da governança climática global. Combinação de uma perspetiva marxista e polanyiana », Revista Crítica de Ciências Sociais, ID : 10.4000/rccs.5275


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Résumé Pt En Fr

Este artigo enquadra os atuais problemas da Rio+20, o falhanço da Cimeira de Copenhaga (COP15) e, mais recentemente, dos mercados de carvão numa ampla crise de legitimidade da governança global, consequência da crise global da socioecologia capitalista. Dois mecanismos dão origem a esta perda de legitimidade, o desenvolvimento desigual e a mercantilização; ou seja a reconfiguração das relações de força entre atores e a destruição dos laços sociais. Como resultado, tanto vencedores como perdedores contestam a legitimidade das instituições que governam a reprodução do capitalismo global. Neste artigo distinguimos respetivamente a contestação tipo‑Marx de novas/os classes/Estados emergentes e tipo‑Polanyi das vítimas da mercantilização global. Na esfera da governança climática, estes vencedores e perdedores são representados pelos BRICS nas negociações climáticas e pelo movimento global de justiça ambiental.

This article frames recent problems of the RIO+20 summit, the failure of the Copenhagen Climate Change Conference (COP15) and the problems of the carbon markets within a broader legitimacy crisis of global governance, consequence of the crisis of the global capitalist socio‑ecology. Two mechanisms give rise to the loss of legitimacy: unequal development and mercantilization, or the reconfiguration of the power balance and the destruction of social ties. As a consequence, both winners and losers contest the legitimacy of the institutions and mechanisms that govern global capitalism. In this article, we distinguish between the Marx‑type of contestation, referring to emerging classes/states, and the Polanyi‑type of contestation, referring to the victims of global mercantilization. In the case of climate governance, these winners and losers are represented by BRICS in climate negotiations and by the global environmental justice movement.

Cet article encadre les problèmes actuels du Rio+20, l’échec du Sommet de Copenhague (COP15) et, plus récemment, des marchés du charbon dans une ample crise de légitimité de la gouvernance mondiale, conséquence de la crise globale de la socio‑écologie capitaliste. Deux mécanismes sont à l’origine de cette perte de légitimité, le développement inégal et la marchandisation; c’est à dire, la reconfiguration des rapports de force entre intervenants et la destruction des liens sociaux. Comme résultat, tant les vainqueurs que les vaincus contestent la légitimité des institutions qui gouvernent la reproduction du capitalisme mondial. Dans cet article, nous établissons respectivement la distinction entre la contestation type‑Marx de nouvelles/eaux classes/États émergents et celle de type‑Polanyi des victimes de la marchandisation globale. Dans la sphère de gouvernance climatique, ces vainqueurs et perdants sont représentés par les BRICS dans les négociations climatiques et par le mouvement mondial de justice environnementale.

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