Cultura e política: A experiência dos coletivos de cultura no movimento estudantil

Résumé Pt En Fr

A temática da juventude vem conquistando importante espaço e destaque nos últimos anos. Sua visibilidade, em grande medida retomada através da mídia e do mercado, é reforçada também pelo aparecimento do protagonismo de novos movimentos juvenis como os jovens da periferia, os militantes altermundistas, os jovens migrantes, entre outros que, num cenário recente, mostram sua vitalidade. Com o aparecimento destes novos atores ganham visibilidade também os movimentos juvenis clássicos, entre eles, o movimento estudantil, que volta à cena retomando seus antigos discursos sobre política e educação, mas que também se adapta às novas demandas estudantis e incorpora outras pautas ligadas aos campos da cultura e da identidade. Neste artigo, pretendemos analisar a participação de militantes estudantis em sua interface com a cultura de modo a compreender as implicações deste diálogo na rearticulação do próprio movimento junto aos jovens. Além disso se analisam também as repercussões que essa relação produz na identidade coletiva de um movimento social – em contínua construção – cada vez mais preocupado em diversificar seus discursos e práticas.

The thematic of youth has been attracting increasing attention over the past years. Its visibility, to a large extent picked up by the media and the market, has also been reinforced by the activity of new youth movements such as young people on the periphery, other world militants, young migrants, among others, who have recently shown their vitality. The emergence of these new players also heightens the visibility of classic youth movements, among which the student movement, which has regained prominence by taking up once again its past discourse on politics and education, but which has also adapted to the new student endeavours and incorporates other themes linked to the areas of culture and identity. This article aims at analysing the participation of student militants in their interface with culture, with a view to understanding the implications of this dialogue in the re-articulation of the movement itself in regard to young people. I further analyse the repercussions which this relation brings to bear on the collective identity of a social movement – permanently under construction – which is increasingly concerned with diversifying its discourse and practice.

Dans le dernières années, le thème de la jeunesse a conquiert de plus en plus d’espace et de proéminence. Sa visibilité, reprise dans une large mesure par les médias et le marché, est renforcée aussi par l’émergence du protagonisme de nouveaux mouvements de jeunesse comme les jeunes de banlieue, les militants altermondialistes, les jeunes immigrés, entre autres qui ont récemment montré leur vitalité. L’apparition de ces nouveaux acteurs donne visibilité aussi aux mouvements de jeunesse classiques, entre eux le mouvement étudiant, qui revient sur la scène tout en reprenant ses vieux discours sur la politique et l’éducation, mais aussi en s’adaptant aux nouvelles demandes étudiantes et en incorporant d’autres thèmes liés aux terrains de la culture et de l’identité. L’article analyse la participation des militants étudiants dans son interface avec la culture, en essayant de comprendre les implications de ce dialogue sur la réarticulation du mouvement lui-même auprès des jeunes. Sont aussi analysées les répercussions que cette relation produit sur l’identité collective d’un mouvement social – toujours en construction – de plus en plus soucieux de diversifier ses discours et ses pratiques.