30 juillet 2012
Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/0872-8380
Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/2182-7427
All rights reserved , info:eu-repo/semantics/openAccess
António Ideias Cardoso et al., « A profissionalização das Forças Armadas: um olhar sobre o seu pilar de sustentação – os militares do regime de voluntariado e de contrato », Forum Sociológico, ID : 10.4000/sociologico.338
A realidade internacional em que as estruturas de defesa das nações ocidentais tradicionalmente operavam sofreu uma mudança paradoxal com o fim da Guerra Fria. Instalou-se uma nova realidade geoestratégica pautada pela incerteza e pelo carácter multipolar e global dos conflitos, que as confrontou com a incapacidade de resposta dos seus tradicionais exércitos de massas, cuja vocação se baseava essencialmente na defesa territorial e que eram alimentados, essencialmente, através de mecanismos de conscrição. Um sistema de forças de dimensão mais reduzida, tecnologicamente mais desenvolvido e adaptável, quer na sua integração em forças multinacionais, quer na sua capacidade de tradução e adaptação aos contextos em que é chamado a intervir, implica necessariamente umas Forças Armadas compostas de efectivos altamente preparados e totalmente profissionais na sua acção.O que se apresenta neste artigo é uma reflexão sobre a forma como este processo de profissionalização tem sido vivido e desenvolvido pelas Forças Armadas Portuguesas, dando especial ênfase aos seus verdadeiros protagonistas: os militares. Quem são, porque ingressam, e quais as suas expectativas são as perguntas a que tentamos dar uma hipótese de resposta.