27 février 2013
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Luísa Ferreira da Silva, « O destino como projeto? Racionalidades leigas de promoção da saúde », Forum Sociológico, ID : 10.4000/sociologico.696
A responsabilidade de procurar orientação médica em caso de doença tornou-se uma imposição interiorizada na generalidade da população a partir de finais do século XIX. A segunda metade do século XX alargou essa preocupação à prevenção do adoecer e, nas últimas décadas do século, à de promoção da saúde, numa estratégia que se caracteriza pela ênfase na capacidade do indivíduo para gerir os riscos. Essa é a normatividade que dá conteúdo ao “saudável” como “estilo de vida” a nível dos comportamentos individuais. A nossa pesquisa sobre o pensamento leigo de saúde mostra que as racionalidades leigas são mais complexas do que supõem os modelos de educação para a saúde e que a subjetividade cultural influencia as avaliações que justificam as escolhas relativas à saúde. Encarar a saúde como projeto que se constrói não é a atitude dominante no pensamento leigo onde saúde (ainda) rima com destino. O texto começa por apresentar a história da construção social de saúde e segue pela apresentação e discussão dos resultados de pesquisa empírica sobre “o saudável”.