Aprender a partir da co-análise das suas próprias práticas : Autoconfronto acompanhado e interformação no domínio do aconselhamento socioeconómico das famílias

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14 juillet 2022

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Michel Binet et al., « Aprender a partir da co-análise das suas próprias práticas : Autoconfronto acompanhado e interformação no domínio do aconselhamento socioeconómico das famílias », HAL-SHS : linguistique, ID : 10670/1.hxc3pt


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Durante dois anos, uma equipa de quatro profissionais da área social (Conseil en Économie Sociale Familiale - CESF) pertencentes a uma mesma organização participaram no primeiro ciclo de um projeto de co-investigação profissional (Recherche praticienne). Coletaram um corpus de autogravações das suas práticas de aconselhamento socioeconómico de pessoas e famílias com dificuldades financeiras e participaram em sessões de co-análise (igualmente gravadas) das suas práticas, por um dispositivo de autoconfronto acompanhado, por um analista conversacional e uma entrevistadora de explicitação. Esta co-investigação gerou descrições detalhadas das práticas destas profissionais e dos seus saberes.A experiência profissional é, com efeito, uma fonte de saberes que, em larga medida, se ignoram como tais, apesar da sua eficácia continuamente aferida e aperfeiçoada na e pela prática profissional. O desenho de um dispositivo teórico-metodológico capaz de trazer à luz do dia e de formalizar estes saberes incorporados nas práticas, constitui um desafio da maior importância do ponto de vista das Ciências da Educação e da Formação.O desenho e a operacionalização do dispositivo metodológico assentam em dois quadros teóricos : a etnometodologia e a fenomenologia. A Análise da Conversação (AC) é um paradigma investigativo proveniente da etnometodologia (Sidnell & Stivers, 2013), cuja rica metalinguagem de descrição fina da trama das interações é mobilizada no quadro das sessões de co-análise. Por sua vez, é no quadro teórico da fenomenologia que Pierre Vermersch (2019) desenvolveu uma nova técnica de entrevista, igualmente mobilizada no nosso dispositivo : a Entrevista de Explicitação (EdE).A mobilização conjugada destas duas abordagens enriqueceu as sessões de autoconfronto, gerando descrições detalhadas das práticas diretamente observáveis nas gravações e das vivências subjetivas das profissionais (não diretamente acessíveis só a partir das gravações) (Mouchet, Vermersch, & Bouthier, 2011). A focalização das atenções sobre detalhes das práticas gravadas e as técnicas de evocação memorial da EdE reforçam a heuristicidade do dispositivo : as sessões se revelaram ricas em descobertas e redescobertas dos saberes incorporados nas próprias práticas, o que permitiu às profissionais de ganhar em reflexividade. O autoconfronto simples desencadeou processos de autoformação, enquanto o autoconfronto cruzado foi o motor de um processo de interformação e de co-produção de metasaberes (Theureau, 2010).A nossa comunicação apresentará trechos de transcrição de sessões de autoconfronto simples e cruzado, que abrirão janelas de observação directa do modus operandi do dispositivo e de resultados por ele alcançáveis.A valorização formativa em curso dos resultados, pela própria organização que acolhe e financia o projeto, que é também organismo de formação, constituirá o foco principal das considerações finais.

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