«Amor e amizade antre os nobres fidalgos da Espanha». Apontamentos sobre o prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro

Fiche du document

Date

2012

Type de document
Périmètre
Langue
Identifiant
Collection

Persée

Organisation

MESR

Licence

Copyright PERSEE 2003-2023. Works reproduced on the PERSEE website are protected by the general rules of the Code of Intellectual Property. For strictly private, scientific or teaching purposes excluding all commercial use, reproduction and communication to the public of this document is permitted on condition that its origin and copyright are clearly mentionned.


Citer ce document

Maria do Rosário Ferreira, « «Amor e amizade antre os nobres fidalgos da Espanha». Apontamentos sobre o prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro », Cahiers d'Études Hispaniques Médiévales, ID : 10.3406/cehm.2012.2276


Métriques


Partage / Export

Résumé Pt Fr

Chamando a atenção para a dependência do Prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro relativamente aos títulos da Partida IV onde se trata de amistad e de natura, o presente artigo propõe-se mostrar detalhadamente a subtil manobra do linhagista português em torno da versão alfonsina da teoria social da amizade, tendente a deslegitimar a função da figura régia enquanto sede de justiça e a fazer prevalecer uma harmonia social fundada sobre as solidariedades de sangue que unem a nobreza peninsular e cimentam uma amizade natural decorrente da vontade divina. São também aduzidos argumentos que levam a concluir que a referência feita por Pedro Afonso ao «ordinamento antigo » não se compreende antes de ser conhecida a formulação do antigo pacto de amizade dos fidalgos definida nas cortes castelhanas de Alcalá realizadas em 1348.

Cette étude rend manifeste la dépendance du prologue du Livro de Linhagens du comte Pedro de Barcelos par rapport aux titres de la Partida IV où il est question d’amistad et de natura, et se propose de montrer comment le généalogiste portugais retravaille la théorie de l’amitié selon Alphonse X de façon à délégitimer la fonction du roi en tant que pourvoyeur de justice et à faire prévaloir à cette place une harmonie sociale fondée sur les solidarités de sang qui lient entre eux les nobles d’Espagne et font le ciment d’une amitié accomplie selon la nature qui s’accorde parfaitement à la volonté divine. L’étude apporte aussi des arguments à l’appui de l’idée que la mention de l’ordinamento antigo des nobles qui se lit dans le prologue ne peut se concevoir qu’après la diffusion de la doctrine issue des Cortès d’Alcalá de 1348 sur l’ancien pacte d’amitié de la noblesse.

document thumbnail

Par les mêmes auteurs

Exporter en