“Homem é tudo igual!”: relações de gênero e economia dos afetos no arquipélago de Cabo Verde, África

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28 janvier 2020

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Andréa de Souza Lobo et al., « “Homem é tudo igual!”: relações de gênero e economia dos afetos no arquipélago de Cabo Verde, África », Anuário Antropológico, ID : 10.4000/aa.4963


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Résumé Pt En

Pretendemos, neste artigo, abordar os processos de construção de masculinidades no arquipélago de Cabo Verde tomando como via de acesso as relações afetivas hétero e homossexuais. Partindo da afirmação que está no título, ouvida com frequência tanto por mulheres heterossexuais quanto por homens gays, buscaremos demonstrar como os caminhos pelos quais a masculinidade se constrói nesta sociedade coloca as relações afetivas em um limiar delicado e permeado por símbolos negativos quando expressas por essas mulheres heterossexuais e homens gays: do não público, do não romântico, do não íntimo e do quase exclusivamente sexual. A partir dos dados etnográficos aqui analisados, desenvolvemos dois argumentos centrais para pensar masculinidades: 1) que o modus operandus dos homens com os gays não passa somente pela noção de vergonha, mas por um ethos masculino mais geral; 2) que não é suficiente pensar o papel do homem apenas como cônjuge, mas também como irmão e, principalmente, filho.

In this article, we intend to approach the processes of construction of masculinities in the Cabo Verde archipelago taking as access route the heterosexual and homosexual affective relationships. Based on the statement in the title, often heard by both heterosexual women and gay men, we will seek to demonstrate how the ways in which masculinity is built in this society places affective relationships on a delicate threshold permeated by negative symbols when expressed by them, heterosexual women and gay men: non-public, non-romantic, non-intimate and almost exclusively sexual. From the ethnographic data analyzed here, we develop two central arguments for thinking masculinities: 1) that the modus operandus of men with gays is not about shame, but for a more general male ethos; 2) that it is not enough to think of the role of man only as an husband, but also as a brother and, especially, a son.

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