Retrato de um Portugal migrante: a evolução da emigração, da imigração e do seu estudo nos últimos 40 anos

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6 novembre 2018

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Pedro Góis et al., « Retrato de um Portugal migrante: a evolução da emigração, da imigração e do seu estudo nos últimos 40 anos », e-cadernos CES, ID : 10.4000/eces.3307


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Résumé Pt En

Há 40 anos, Portugal era um país de emigração que tinha alguns imigrantes. Hoje é um país de migrações. Entre o retorno ou repatriamento de muitos nacionais portugueses e o acolhimento de centenas de milhares de estrangeiros, a demografia nacional ganhou diversidade e complexidade. Sem a imigração seríamos menos, mais pobres e mais velhos. Após o anunciado fim da emigração, constatamos que atravessámos vários ciclos de emigração e retorno, mas que nunca os fluxos de saída deixaram de ter consequências sociais e sociológicas. Afinal, a emigração é mais estrutural do que pensáramos. A dinâmica e diversidade das origens dos migrantes para Portugal, mas também a geografia múltipla dos destinos dos emigrantes portugueses, representam sinais de alteração do posicionamento do país no sistema migratório global. Portugal (ainda) não é um centro, mas (já) não é periferia (ou talvez o seja para alguns migrantes). A lei de nacionalidade evoluiu, ao sabor de ideologias mais ou menos inclusivas e alargou o número de cidadãos que fazem parte da comunidade nacional. Um país em movimento, pleno de dinâmicas migratórias, é um retrato possível que permite antever um futuro cheio de desafios de integração e de gestão da diversidade.

Forty years ago, Portugal was a country of emigration that had some immigrants. Today it is a country of migrations. Between the return or repatriation of many Portuguese nationals and the reception of hundreds of thousands of foreigners, national demography gained diversity and complexity. Without immigration, we would be numerically less, and we will be poorer and older. After the announced end of emigration, we have gone through several cycles of emigration and return. Migratory outflows have never ceased to have social and sociological consequences. After all, emigration is more structural than we believed. The dynamics and diversity of the origins of migrants to Portugal, but also the multiple geography of the destinations of Portuguese emigrants represent the position change in the global migration system. Portugal is not (yet) a center, but it is (no longer) a periphery (or perhaps it still is, for some emigrants). Nationality law has evolved alongside more or less inclusive ideologies, and extended the number of citizens who are a part of the national community. Portugal is now a country in movement, full of migratory dynamics. This portrait allows us to foresee a future full of challenges regarding integration and diversity management.

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