Le concept de facteur de stress et sa relation avec la survenue des troubles de l’adaptation offrent à cette entité nosographique une place toute particulière en clinique psychiatrique. Les objectifs de ce travail étaient de déterminer la fréquence des troubles de l’adaptation en milieu psychiatrique hospitalier et de dégager le profil clinique et évolutif de ces troubles. Il s’agit d’une étude descriptive et rétrospective portant sur 115 patients hospitalisés pour la première fois au service de psychiatrie du centre hospitalo-universitaire de Monastir (Tunisie) pour des troubles de l’adaptation selon les critères DSM-IV. La fréquence des troubles de l’adaptation en milieu psychiatrique hospitalier était estimée à 11,8 %. Ces troubles survenaient chez des patients jeunes (âgés de 16 à 30 ans dans 65,3 % des cas), de sexe féminin (60,9 %), de statut professionnel et socio-économique précaire et sans antécédents psychiatriques (59,1 %). L’installation des troubles de l’adaptation était brutale, déclenchée par des facteurs de stress psychosociaux souvent multiples (60,0 %), récents (61,7 %) et de sévérité élevée (69,6 %). Les tentatives de suicide ont représenté le premier motif d’hospitalisation (53 %). L’évolution des troubles était favorable dans 75,7 % des cas, après une courte hospitalisation (8,2 jours en moyenne). Au terme de ces résultats globalement concordants avec ceux de la littérature, nous soulignons l’intérêt de prévoir un aménagement de lits pour hospitalisation de courte durée offrant un cadre d’accueil, d’observation et de traitement de ces troubles, véritables situations de crise.
The objectives of this study were to determine the frequency of adjustment disorders in psychiatric hospital and to establish the clinical and evolutional profiles of these disorders. A descriptive and retrospective study with approximately 115 patients hospitalized a first time in a psychiatric setting of the university hospital of Monastir in Tunisia for adjustment disorders according to the DSM-IV. The frequency of adjustment disorders in a psychiatric hospital was estimated at 11,8 %. The majority of patients were young (65,3 % between 16 and 20), female (60,9 %), of low professional and socio-economical status, and without any psychiatric history (59,1 %). The acute appearance of adjustment disorders caused by psychosocial stress factors which were usually various (60 %), recent (61,7 %) and with a high severity (69,6 %). The suicide attempts were frequent (53 %) representing the first reason for hospitalization. An evolution was favourable in 75,7 % of cases after a short hospitalization (about 8,2 days). Finally, the authors insist on the short hospitalization in order to provide evaluation, observation and treatment setting for these disorders.
El concepto de factor de estrés y su relación con la aparición de los problemas de adaptación ofrecen a esta entidad nosográfica un lugar muy particular en las clínicas psiquiátricas. Los objetivos de este estudio fueron de determinar la frecuencia de los problemas de adaptación en el medio de los hospitales psiquiátricos y poner de relieve el perfil clínico y evolutivo de estos problemas. Se trata de un estudio descriptivo y retrospectivo de 115 pacientes hospitalizados por primera vez, por problemas de adaptación según los criterios DSM-IV, en el servicio de psiquiatría del centro hospital-universitario de Monastir (Túnez). La frecuencia de los problemas de adaptación en el medio de los hospitales psiquiátricos se estimó en 11.8%. Estos problemas se presentan en los pacientes jóvenes (de 16 a 30 años de edad en el 65.3% de los casos), de sexo femenino (60.9%), de nivel profesional y socioeconómico precario y sin antecedentes psiquiátricos (59.1%). El establecimiento de los problemas de adaptación fue brutal, desencadenado por factores de estrés psicosocial, con frecuencia múltiples (60.0%), recientes (61.7%) y muy severos (69.6%). Las tentativas de suicidio representaron el primer motivo de hospitalización (53%). La evolución de los problemas fue favorable en el 75.7% de los casos, después de una hospitalizacián corta (8.2 días en promedio). Al término de estos resultados, que concuerdan globalmente con los de la literatura, subrayamos el interés por prever una distribución de camas para la hospitalización de corta duración que ofrezca un marco de recepción, observación y tratamiento de estos problemas, verdaderas situaciones de crisis.
O conceito de fator de estresse e sua relação com a aparição de problemas de adaptação oferecem a esta entidade nosográfica uma posição especial em clínica psiquiátrica. Os objetivos deste trabalho foram determinar a freqüência dos problemas de adaptação em meio psiquiátrico hospitalar e estabelecer o perfil clínico e evolutivo destes problemas. Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo realizado em 115 pacientes hospitalizados pela primeira vez no serviço de psiquiatria do Centro Hospitalar Universitário de Monastir (Tunísia), por problemas de adaptação de acordo com os critérios DSM-IV. Segundo o estudo, a freqüência dos problemas de adaptação em meio psiquiátrico hospitalar foi estimada a 11,8%. Estes problemas aparecem em pacientes jovens (de 16 à 30 anos em 65,3% dos casos), do sexo feminino (60,9%), de estatuto profissional e sócio-econômico precário e sem antecedentes psiquiátricos (59,1%). A aparição dos problemas de adaptação foi considerada brutal, desencadeada por fatores de estresse psicossociais, quase sempre múltiplos (60%), recentes (61,7%) e graves (69,9%). As tentativas de suicídio representaram o primeiro motivo de hospitalização (53%). A evolução do quadro clínico foi favorável em 75,7% dos casos, após uma breve hospitalização (8,2 dias em média). Após a obtenção destes resultados, em geral de acordo com os resultados teóricos, os autores destacam a necessidade de prever uma organização de leitos para hospitalização de curta duração, oferecendo um quadro de recepção, observação e tratamento destes problemas, verdadeiras situações de crise.
