A força do pensamento deôntico: O vitimizador feliz na atribuição de emoções na criança

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1 janvier 2000

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Orlando Lourenço, « A força do pensamento deôntico: O vitimizador feliz na atribuição de emoções na criança », Análise Psicológica, ID : 10670/1.18i33w


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Este artigo tem dois objectivos centrais. Primeiro, analisar as emoções positivas e negativas que as crianças atribuem a transgressores de normas morais em duas condições distintas (i.e., factual e descritiva; deôntica e prescritiva). Segundo, relacionar estas emoções com uma medida de comportamento pró-social das crianças numa situação de altruísmo. Cinquenta e quatro crianças de dois níveis etários (i.e., 5-6 anos; 8-9 anos) foram (a) confrontadas com três exemplos de transgressões morais; (b) solicitadas a atribuir emoções positivas ou negativas ao transgressor em ambas as condições; e (c) colocadas depois numa situação onde podiam doar algumas das guloseimas recebidas pela sua participação na investigação. Os resultados mostram que (1) o número de vitimizadores felizes (i.e., crianças que pensam que o vitimizador se sentiu bem depois de ter cometido a transgressão) foi muito menor na condição deôntica que na factual; (2) esta diferença foi mais acentuada nas crianças mais velhas que nas mais jovens; e (3) não houve qualquer relação significativa entre o tipo de emoções atribuídas pelas crianças e o seu comportamento altruísta na situação de dádiva anónima. São ainda discutidas as implicações destes resultados para uma melhor compreensão das emoções morais na criança, de dados contraditórios neste tema de pesquisa e de teses relativamente opostas de teorias actuais de desenvolvimento moral no que à competência moral da criança diz respeito.

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