Seria preciso que a selvageria se me pegasse: Afonso de Castro e a “festa das cabeças” em Timor colonial

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1 février 2014

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Ricardo Roque, « Seria preciso que a selvageria se me pegasse: Afonso de Castro e a “festa das cabeças” em Timor colonial », Etnográfica, ID : 10670/1.3jhlmk


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Neste artigo investigo as transações coloniais entre “civilização” e “barbárie” através da análise da controvérsia sobre a participação do governador de Timor, Afonso de Castro, na chamada “festa das cabeças”, cerimónia associada à celebração de vitórias guerreiras e decapitação de inimigos em Timor Leste, em 1861. Exploro de uma perspetiva dupla, interligada, o mimetismo colonial do governador nesta “selvajaria” ritual. Por um lado, abordo o mimetismo enquanto relação vivida com o espaço envolvente, um modo prático de entrega do sujeito às circunstâncias do rito, marcado pela tensão entre a assimilação ao meio e a demarcação da diferença. Por outro lado, concebo-o enquanto relação inscrita numa racionalidade política de tipo parasitário, com vista à governação colonial. Por conseguinte, argumento que o mimetismo colonial encontra no parasitismo a expressão da sua produtividade política.

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