1 décembre 2009
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Antonio Carlos Robert Moraes, « Contabilidade ambiental e Geografia econômica », Investigaciones geográficas, ID : 10670/1.49z761
A perspectiva própria da análise geográfica pode fornecer uma importante contribuição ao debate sobre as formas de avaliar o valor do patrimônio natural existente em cada localidade terrestre. Ao analisar de modo integrado o uso social dos lugares, a geografía económica propicia equacionar a naturalidade do meio em termos históricos, isso é, tal como se apresentam para a sociedade numa dada época (submetidos à mentalidade e aos interesses imperantes). Equacionando o valor em função das técnicas, do poder e da percepção social, é possível adotar uma ótica que não dissocie a valoração do espaço de sua valorização prática, o que permite enfocá-lo enquanto materialidade, mas também como representação já inserida numa legitimação ou proposta de uso. Esse enfoque possibilita contabilizar a apropriação de um lugar em face da base de recursos da natureza que a sociedade identifica como ali presentes, sejam produtos ou condições. A distinção entre recursos naturais e ambientais, trabalhada pela economia do meio ambiente, é resgatada nessa teoría geográfica que fornece urna possibilidade de avaliação contábil sintética do potencial e uso de um dado território, inventariando os materiais e fontes existentes e os usos praticados e seus impactos sobre estoques e condições naturais. Com isso pode-se fornecer um subsídio importante para as políticas de ordenamento territorial e o planejamento ambiental em particular.