La economía como argumento constitucional. El caso de la descentralización fiscal en Colombia

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25 mai 2021

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Résumé Es En Pt

La Constitución de 1991 estableció que Colombia se organizaba en forma de República unitaria, descentralizada y con autonomía de sus entidades territoriales. Esto estaba en línea con las olas de democratización y las recomendaciones de la literatura sobre federalismo fiscal. Diez años después de promulgada la constitución, en un momento de profunda crisis económica y fiscal, hubo una reforma sustancial al esquema de transferencias que debía hacer el gobierno central a los gobiernos subnacionales, que le permitió al primero recuperar buena parte de los recursos fiscales que habían sido destinados a los gobiernos territoriales. Se argumenta aquí que, de la misma forma que las constituciones en América Latina se mueven al vaivén de las coaliciones partidarias, la constitución colombiana se cambió al vaivén de la economía. Esto le permitió al gobierno central retomar los recursos que había cedido por las reformas constitucionales sin necesariamente resolver definitivamente el déficit fiscal.

The Colombian Constitution of 1991 stated that the country was organized as a unitarian decentralized republic with autonomous territories. This matched the waves of democratization and also followed the recommendations of the literature on fiscal federalism. Ten years after enacting the constitution, in a moment of deep economic and fiscal crises, a thorough reform to the intergovernmental transfers through which the central government financed subnational governments was enacted. This allowed the central government to recover a considerable portion of the fiscal resources that had previously ceded to subnational governments. It is argued that, in the same way that Latin American constitutions change depending on the reconfiguration of partisan coalitions, the Colombian constitution changed at the pace of economic performance. In consequence, the central government recovered the fiscal resources previously transferred due to constitutional reforms without necessarily solving its fiscal deficit.

A Constituição colombiana de 1991 estabeleceu que o país se organizava em forma de república unitária, descentralizada e com entes territoriais autônomos. Isso seguia as linhas das ondas de democratização e das recomendações da literatura sobre o federalismo fiscal. Dez anos depois de ter sido promulgada a constituição, em um momento de profunda crise econômica e fiscal, houve uma reforma considerável ao esquema de transferências que o governo central devia fazer aos governos subnacionais, permitindo assim ao primeiro recuperar parte importante dos recursos fiscais que tinham sido alocados aos governos territoriais. Se argumenta que da mesma forma que as constituições na América Latina mudam segundo a configuração das coalizões partidárias, a constituição colombiana mudou segundo as condições da economia. Isto permitiu ao governo central recuperar os recursos fiscais que tinha transferido previamente devido às disposições constitucionais, sem por isso resolver definitivamente o problema do déficit fiscal.

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