“Por que devemos ser bons para com os animais?” A formação prática e moral dos brasileiros por meio dos discursos de proteção aos animais (1930-1939)

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1 janvier 2019

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Natascha Stefania Carvalho de Ostos, « “Por que devemos ser bons para com os animais?” A formação prática e moral dos brasileiros por meio dos discursos de proteção aos animais (1930-1939) », Historia Crítica, ID : 10670/1.pvmx9b


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Resumo: Objetivo/contexto: O artigo analisa a trajetória da Sociedade União Infantil Protetora dos Animais, por meio da revista Amigo dos Animais, editada por essa organização ao longo da década de 1930. A criação da entidade ocorreu em um contexto de expansão da chamada causa animal no Brasil, marcado pela atuação das entidades protetoras, pela promulgação da primeira lei federal de proteção aos animais, no ano de 1934, e pelo crescente interesse da imprensa e da opinião pública no assunto. Originalidade: A História Ambiental é um campo de pesquisa já assentado na América Latina. Contudo, a vertente da História dos Animais tem sido pouco explorada, particularmente no Brasil, requerendo a atenção dos estudiosos. Este artigo investiga a atuação de grupos protetores dos animais, assunto praticamente inédito na historiografia brasileira, lançando mão de um impresso ainda não estudado, a revista Amigo dos Animais. Metodologia: A investigação privilegia o enfoque representacional dos animais, partindo da análise da atuação e dos discursos produzidos pela Sociedade União Infantil Protetora dos Animais. Consideramos que as ações e as narrativas que constroem o animal simbólico mantém uma tensa relação com o chamado animal “real”, transitando entre a dependência da materialidade e o recurso à imaginação. Conclusões: O estudo demonstra que os enunciados da sociedade protetora, ao lidarem com as categorias de homem e de animal, eram perpassados por contradições que a todo o momento deixavam a descoberto o caráter instável desses conceitos. Evidenciamos que a defesa dos animais também suscitava dilemas éticos e políticos, pois implicava na necessidade de escolher quais seriam os limites dessa proteção.

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