Uma casa boa, uma casa ruim e a morte no cotidiano

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1 octobre 2020

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Eugênia Motta, « Uma casa boa, uma casa ruim e a morte no cotidiano », Etnográfica, ID : 10670/1.vg506s


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A proposta do texto é refletir sobre a morte como um processo vivido, compartilhado, duradouro e cotidiano. Trata de duas mortes, a de uma mulher e a de seu filho. A distinção que ela fazia entre uma casa “boa” e uma casa “ruim” revela um universo moral em torno da aspiração por um futuro bom, da construção de pessoas boas e da manutenção de relações de proximidade. Mostro como a atribuição de agência recíproca entre casas e pessoas expressa o sucesso ou fracasso de manter o fluxo da vida nessa direção. Essas aspirações e planos coletivos se articulam ao governo da e na favela, expresso por uma espacialidade específica ligada ao comércio de drogas proibidas. Descrevo também como as casas participam do morrer no cotidiano, mobilizando pessoas, coisas e dinheiros em torno do cuidado com o moribundo. O morrer de uma pessoa é considerado um processo crítico, capaz de revelar a verdade de afetos, promover novas relações e romper outras. Essa criticidade se estende ao fazer etnográfico, ao colocar o sofrimento como um fator central na relação com os interlocutores em campo. Argumento que o texto promove um duplo movimento interpretativo, tanto etnográfico quanto íntimo, em busca de sentido para a morte.

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