1 décembre 2018
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10.17231/comsoc.34(2018).2953
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Camila Garcia Kieling, « Como se escreve liberdade?: Narrativas sobre a revolução de 25 de Abril de 1974 na imprensa brasileira », Comunicação e Sociedade, ID : 10670/1.zzpq6d
Este artigo propõe uma recomposição da intriga de narrativas sobre a Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal a partir da cobertura de dois jornais brasileiros de referência: o paulistano O Estado de S. Paulo e o carioca Jornal do Brasil. Compreendemos a narrativa jornalística como uma ordenadora do tempo na contemporaneidade, exprimindo uma circulação generalizada da percepção histórica (Nora, 1979, p. 180), mobilizada pela emergência de um novo fenômeno: o acontecimento. O incomum golpe de Estado em Portugal mexeu com o imaginário político mundial, reavivando confrontos entre esquerda e direita. Nesse momento, no Brasil, a ditadura militar completava 10 anos e iniciava-se o mandato do quarto presidente integrante das Forças Armadas. As narrativas são analisadas sob diferentes pontos de vista: por meio da organização dos fatos no tempo, da construção das personagens, das projeções para o futuro ou, ainda, da ressignificação do passado.