Políticas de abastecimento sustentável da alimentação escolar: transição e estratégias de territorialização na metrópole de Paris

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2024

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  • 20.500.13089/11wvh
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Résumé Pt Fr En

Este artigo considera as margens de manobra dos governos municipais em termos de transição para sistemas alimentares urbanos mais sustentáveis, por meio das políticas de alimentação escolar. Nos últimos anos, multiplicam-se as leis sobre o abastecimento da alimentação escolar como ferramenta para fortalecer as agriculturas alternativas (local, orgânica, familiar). No presente texto, o caso francês é focalizado a partir de pesquisa de campo na metrópole parisiense. O estudo examina a implementação pelos gestores locais da lei Grenelle 1, que coloca o objetivo de aquisição de, no mínimo, 20% de produtos orgânicos e 20% de produtos com baixo impacto ambiental. Para investigar o potencial de transição destas medidas, propomos três tipos ideais de sistemas de abastecimento. Esses últimos descrevem de forma estilizada as lógicas adotadas pelos gestores, considerando as redes de atores, os tipos de coordenação, os recursos territoriais mobilizados e as relações com o território. O primeiro tipo ideal identificado é a lógica agroindustrial renovada; o segundo é um sistema territorializado regional com emergência de novos intermediários; e o terceiro é um sistema territorializado local baseado em redes de proximidade e ações sobre o fundiário.

Cet article examine les marges de manœuvre des gouvernements municipaux dans la transition vers des systèmes alimentaires urbains plus durables, à travers les politiques de restauration scolaire. Au cours des dernières années, se sont multipliées les lois faisant de l'approvisionnement en alimentation scolaire un moyen de renforcer les agricultures alternatives (locales, biologiques, familiales). Dans ce texte, le cas français est traité à partir d'un travail de terrain dans la métropole parisienne. L’étude examine comment les gestionnaires locaux mettent en œuvre la loi Grenelle 1, qui vise à garantir un minimum de 20% de produits biologiques ainsi que des produits à faible impact environnemental dans les menus. Pour examiner le potentiel de transition de ces mesures, nous proposons trois types idéaux de systèmes d'approvisionnement. Nous décrivons de manière stylisée les logiques adoptées par les gestionnaires, en examinant les réseaux d'acteurs et les types de coordination, les ressources territoriales mobilisées et les relations avec le territoire. Le premier type idéal identifié est la logique agro-industrielle renouvelée ; le deuxième est un système territorialisé régional avec l'émergence de nouveaux intermédiaires ; et le troisième est un système territorialisé local basé sur des réseaux de proximité et des actions foncières.

This article examines the leeway of municipal governments in transitioning to more sustainable urban food systems through school meal policies. Over the past years, legislative frameworks have multiplied concerning sustainable school food procurement as a means to bolster alternative agricultures (local, organic, family farming). In this text, we explore the French case. Based on fieldwork in the Parisian metropolis, we seek to understand how local managers implement the Grenelle 1 law, which aims to ensure a minimum of 20% organic products as well as environmentally low-impact products in school food. To assess the transition potential of these measures, we propose three ideal types of supply systems. We stylize the logics adopted by school food managers by examining actor networks and coordination types, which territorial resources are mobilized, and what are the relations with the territory. The first identified ideal type is the renewed agro-industrial logic; the second one is a regional territorialized system with the emergence of new intermediaries; and the third one is a local territorialized system based on proximity networks and direct action on land tenure.

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