Privatización de bienes comunales y despojo campesino en la Extremadura española, siglos XIX-XX

Résumé Es Pt En

El estudio institucional de “los comunes” permite analizar la evolución de las sociedades campesinas durante la construcción y consolidación del estado liberal. Desde finales del siglo XVIII y hasta bien entrado el siglo XX se produjo una desarticulación masiva de este régimen de propiedad causando un profundo impacto social. Se presenta el caso de la región de Extremadura, en el suroeste de Europa. Las peculiares condiciones geográficas y ambientales de este territorio condicionaron el proceso de destrucción de los “comunes”. Para ello, se analiza el marco institucional y los mecanismos para llevarlo a cabo, sin perder de vista el contexto de modernización del sector primario. También se reflejan los diferentes repertorios de resistencia a los cambios producidos y los momentos en los que se trató de optar por su recomposición, coincidentes ambas con los dos períodos republicanos, hasta desaparecer del debate público tras el final de la guerra civil.

O estudo institucional dos “comuns” oferece uma perspetiva para entender a transformação das sociedades camponesas durante a construção e consolidação do estado liberal. Do final do século XVIII até bem entrado o século XX, houve uma desarticulação maciça desse sistema de propriedade comunal, que teve um profundo impacto social. Este artigo foca-se no caso da Estremadura, uma região no sudoeste da Europa cujas condições geográficas e ambientais únicas influenciaram o processo de destruição dos comuns. O quadro institucional e os mecanismos usados para executar essa desarticulação são analisados dentro do contexto mais amplo da modernização do setor agrícola. Além disso, o estudo destaca as diferentes formas de resistência a essas mudanças e as tentativas de recomposição dos comuns, que coincidem com os dois períodos republicanos de Espanha, antes de o tema desaparecer do debate público após o fim da Guerra Civil.

The institutional study of the “commons” provides a lens for understanding the transformation of peasant societies during the construction and consolidation of the liberal state. From the late 18th century through much of the 20th century, there was a massive dismantling of this communal property system, which had a profound social impact. This paper focuses on the case of Extremadura, a region in southwestern Europe. The unique geographic and environmental conditions of this area influenced the process of dismantling the commons. The institutional framework and the mechanisms used to carry out this destruction are examined within the broader context of modernization in the agricultural sector. Additionally, this study highlights the different forms of resistance to these changes and the attempts to restore the commons, both of which coincide with Spain's two republican periods, before the topic disappeared from public debate following the end of the Civil War.