2019
Ce document est lié à :
https://hdl.handle.net/20.500.13089/1sl4
Ce document est lié à :
https://doi.org/10.4000/books.cidehus
Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/isbn/979-10-365-2166-9
info:eu-repo/semantics/openAccess , https://www.openedition.org/12554
Nos finais de 1518 o rei D. Manuel, viúvo pela segunda vez, casa-se com a irmã do futuro Imperador Carlos V, Leonor, flamenga de origem mas residente então em Espanha. Após o casamento por procuração em Saragoça, a nova rainha de Portugal fará uma longa viagem de mais de setecentos quilómetros por terra até ao Alentejo, encontrando finalmente o monarca no Crato, um mês e meio mais tarde. O casal instala-se posteriormente em Évora, onde nasce o seu primeiro filho, fazendo a entrada solene em Lisboa apenas em 1521. Este acontecimento, relatado parcialmente em várias fontes que se complementam, revela uma série de eventos festivos adequados a tais ocasiões, em que o ambiente sonoro é por vezes bem caracterizado. Procurando contextualizar as ocorrências sonoras em função da cultura de corte quinhentista, assinala-se a participação dos vários grupos sociais envolvidos, situando-os nos devidos espaços – interiores/ exteriores, públicos/ privados, em terra/no mar – destacando em particular a função dos instrumentos musicais.casamento real, festa áulica, instrumentos musicais, cortejo fluvial, entrada real