2020
Ce document est lié à :
https://hdl.handle.net/20.500.13089/1sl7
Ce document est lié à :
https://doi.org/10.4000/books.cidehus
Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/altIdentifier/isbn/979-10-365-5792-7
info:eu-repo/semantics/openAccess , https://www.openedition.org/12554
Os mosteiros são entidades arquitetónicas que refletem na sua materialidade as adaptações a novos usos muitas vezes indispensáveis para a manutenção física destes lugares. Este é o caso do mosteiro de São Bento de Cástris, conjunto cisterciense do século XIII e classificado como Monumento Nacional (1922), na cidade de Évora. Após a extinção das Ordens Religiosas em 1834 e, principalmente, após a morte da última monja em 1890, o abandono e a falta de intervenções de conservação levaram a que o mosteiro se encontrasse em avançado estado de ruína na década de 1930. A tipologia arquitetónica do mosteiro, por conter espaço residenciais, reunia em si as condições para receber um novo uso com funções semelhantes, pelo que de 1957 a 2005 a instituição de acolhimento Casa Pia, mudou-se do centro da cidade de Évora para o mosteiro. As alterações espaciais implementadas pela Casa Pia transformaram e adaptaram o lugar, tendo impacto nos valores patrimoniais do mosteiro. No entanto, este período recente carece de estudo que dê a conhecer os valores atribuídos ao lugar pelos seus últimos utilizadores. Procura-se com este artigo contribuir para a salvaguarda deste conjunto monástico através do registo da memória dos seus últimos utilizadores efetivos por forma a contribuir para um melhor entendimento dos valores socioculturais do património arquitetónico dinâmico do Mosteiro de São Bento de Cástris.arquitetura cisterciense, identidade, lugar, Mosteiro de São Bento de Cástris, património cultural, memória