2023
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https://hdl.handle.net/20.500.13089/1sln
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https://doi.org/10.4000/books.cidehus
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A temática do regime alimentar de uma comunidade monástica de clausura estrita no período moderno levanta numerosas questões, sendo que destacaremos na presente abordagem as desigualdades nos alimentos servidos dependendo do estatuto das religiosas na comunidade ou do seu estado de saúde; o enquadramento das principais refeições com as horas canónicas e a Regra de S. Bento; a presença dos dias de abstinência e a dieta em dias festivos perante o determinado das Definições de 1593; os alimentos mais consumidos e os alimentos preteridos e a matriz mediterrânica da comunidade em estudo; a sazonalidade dos consumos; as alterações na alimentação em virtude das determinações da Igreja. Atente-se ainda que a compreensão das opções alimentares destas comunidades não deve ser dissociada da gestão de recursos próprios (herdades, vinhas, quintas, gado), da obtenção de alguns privilégios e da influência do regime alimentar das populações de origem das religiosas (em termos geográficos, sociais e culturais), situação similar em distintos contextos geográficos de amplitude diversa (nacional, ibérico, europeu).