Les 32 plus grandes agglomérations du monde : comment l’urbanisation repousse-t-elle ses limites ?

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Le classement des plus grandes agglomérations du monde, appelées megacities par l’ONU, fait autorité et est relayée par d’innombrables publications, scientifiques ou non. Pourtant les statisticiens auteurs de ces listes ne cachent nullement l’existence de problèmes de comparabilité dus au fait que cette organisation multilatérale ne peut légalement que compiler des données nationales hétérogènes que leur communiquent les Etats. L’utilisation d’une définition statistique et spatiale appliquée à toutes les agglomérations du monde montre une hiérarchie totalement différente. En 2010, la Planète abrite 32 agglomérations de plus de 10 millions d’habitants, rassemblant 9,4% de la population mondiale. Après avoir expliqué la définition, la méthode et les sources utilisées, l’article montre le poids écrasant de l’Asie. Il explique ensuite les processus d’émergence récents de ces organismes urbains, mettant en avant des conditions de développement qui font appel à deux notions fondamentales proposées, utiles à la compréhension du phénomène : l’actualisation de l’environnement périphérique urbain ou rural des megacities, et le capital démographique régional. Ces processus permettent finalement de montrer que le nombre et la taille des megacities du monde, qui a augmenté de manière spectaculaire depuis les années 1950, devraient doubler d’ici 2040, mais se stabiliser par la suite.

The classification of the largest agglomerations in the world, called megacities, proposed by the UN is supported by countless scientific or non-scientific publications. Yet the statisticians who make these lists do not conceal the existence of serious problems of comparability due to the fact that the multilateral organization can legally only compile heterogeneous national data communicated to them by the Member States. The use of a true statistical and spatial definition rigorously applied to all the agglomerations of the world gives to see a very different hierarchy. In 2010 - the last year for which the data are reliable - the Planet is home to 32 agglomerations with more than 10 million inhabitants, bringing together 9.4% of the world's population. After explaining the definition, methodology and sources used, the article shows the overwhelming weight of Asia in this area. It then explains the processes of recent emergence of these urban organisms, emphasizing conditions of development that call upon two fundamental notions proposed useful for understanding the phenomenon: that of updating the urban or rural peripheral environment of megacities, and that of regional demographic capital. These processes ultimately show that the number and size of megacities in the world, which has increased dramatically since the 1950s, is expected to double by 2040 but to stabilize thereafter.

A classificação dos maiores aglomerados do mundo, chamados megacities pelas Nações Unidas, é uma referência e é difundida por inúmeras publicações, científicas ou não. No entanto, os estatísticos autores dessas listas não escondem de modo algum a existência de problemas de comparabilidade devido ao fato de que essa organização multilateral só pode compilar legalmente dados nacionais heterogêneos que lhes são comunicados pelos estados. O uso de uma definição estatística e espacial aplicada a todos os aglomerados do mundo mostra uma hierarquia totalmente diferente. Em 2010, o Planeta abriga 32 aglomerados com mais de 10 milhões de habitantes, representando 9,4% da população mundial. Depois de ter explanado a definição, a metodologia e as fontes usadas, o artigo mostra o peso esmagador da Ásia. Em seguida, os recentes processos de emergência desses organismos urbanos estão expostos, destacando as condições de desenvolvimento que recorrem a duas noções fundamentais propostas para compreender o fenômeno: a atualização do ambiente periférico urbano ou rural das megacities e o capital demográfico regional. Esses processos finalmente mostram que o número e o tamanho das megacities no mundo, que aumentaram dramaticamente desde a década de 1950, deve dobrar até 2040, mas se estabilizar em seguida.