2016
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https://hdl.handle.net/20.500.13089/ffu9
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https://doi.org/10.4000/eces.2013
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Neste artigo aborda-se as relações intrínsecas entre risco, catástrofe, as vítimas e as questões do trauma. É proposta uma sociologia com desastres, que, além de uma mera sociologia dos desastres, interrogue e analise os desastres como acontecimentos extraordinários reveladores das estruturas sociais em presença, do Estado e das políticas públicas, das dinâmicas das comunidades afetadas e dos dispositivos produtores de vítimas e/ou de cidadãos e cidadãs. Também é analisado o papel das vítimas e das suas associações na reivindicação e no reconhecimento de pertenças e de direitos. O estudo das comunidades afetadas e dos vários tipos de configurações sociais emergentes, conduz à discussão sobre o trauma e como as associações de vítimas e as políticas públicas levam à produção de comunidades de trauma, e se as mesmas podem assumir um caráter emancipador, sendo portadoras de justiça, direitos e dignidade.