2017
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https://hdl.handle.net/20.500.13089/g26q
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https://doi.org/10.4000/etnografica.4790
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Face à crescente tendência de institucionalização de mecanismos de regulação ética da investigação com sujeitos humanos, discute-se com este artigo os impactos que a regulação prospetiva dos projetos de investigação tem tido nas ciências sociais e, mais concretamente, os desafios que tem colocado à investigação etnográfica. A partir de uma revisão histórica, quer da origem da regulação ética da investigação quer da própria antropologia, analisa-se o que se constitui como ética na prática etnográfica, salientando as incomensurabilidades que este tipo de investigação tem encontrado nos modelos de regulação fundados na ética biomédica. Através de noções como a noção de risco ou da primazia do princípio de consentimento informado, ilustra-se como é mobilizado um entendimento da investigação com humanos que é redutor para a investigação social, qualitativa e etnográfica, substancialmente diferente da investigação das ciências exatas ou da experimentação clínica.