“E se todos fossem arqueólogos?”: experiências na Terra Indígena Wajãpi

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29 janvier 2018

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Mariana Petry Cabral, « “E se todos fossem arqueólogos?”: experiências na Terra Indígena Wajãpi », Anuário Antropológico, ID : 10.4000/aa.1269


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Résumé Pt En

Partindo de um interesse em pensar a relação entre arqueologia e antropologia, apresento neste artigo a experiência de uma pesquisa em que as fronteiras disciplinares são fluidas e flexíveis. O mote da minha reflexão é a prática de uma pesquisa de arqueologia com um grupo indígena do tronco tupi, os Wajãpi do Amapá. Com o desenrolar da pesquisa, ficou claro que, além dos sítios arqueológicos, havia muito para conhecer sobre o que os Wajãpi pensam a respeito dos sítios. Sem falar no que os Wajãpi conhecem sobre outras coisas que nós arqueólogos não consideramos sítios, mas que podem funcionar como sítios nos seus próprios termos. Com isso, eu me voltei a conhecer a maneira como os Wajãpi constroem narrativas sobre o passado utilizando vestígios, os traços materiais que seguem disponíveis hoje na sua terra. Ao pensar a arqueologia como uma prática de sentido, vejo esse processo de construção de relações entre os vestígios materiais e o conhecimento wajãpi como uma versão da arqueologia. Neste artigo, apresento alguns exemplos deste processo para argumentar que as aproximações disciplinares podem ser férteis e produtivas.

Following an interest on thinking the relatioship between archaeology and anthropology, I present here an experience from a project in which disciplinary frontiers are fluid and flexible. The motto for that is the practice of an archaeological research with a Tupian indigenous group, the Wajãpi from Amapá. As research developed, it became clear that – more than archaeological sites – there was much to know about the ideas that the Wajãpi have about these sites. Not to mention all the knowledge that the Wajãpi possess about things that we as archaeologists do not consider as archaeological evidences, although they might work as such on their on terms. Thru this research project, I sought to know the way Wajãpi people construct their explanations about the past manipulating material traces from earlier times, which are still available on their land today. Understanding archaeology as a practice of meaning, I see this process of constructing links between archaeological traces and wajãpi knowledge as a version of archaeology. In this article, I present examples of such constructions to argue that disciplinary proximity might be fertile and productive.

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