A (des)construção social do diagnóstico de autismo no contexto das políticas de cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho

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6 juillet 2019

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Autistic disorder

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Valéria Aydos, « A (des)construção social do diagnóstico de autismo no contexto das políticas de cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho », Anuário Antropológico, ID : 10.4000/aa.3492


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Résumé Pt En

No cenário de uma crescente propagação midiática sobre o autismo, a flexibilidade e a complexidade da sua produção como um "diagnóstico clínico" e situado em um espectro altamente diversificado, somam-se aos debates sobre esta condição ser uma deficiência ou uma neurodiversidade – uma “maneira de ser”. A partir de uma etnografia que contou com entrevistas em profundidade com neurologistas e psiquiatras; uma convivência de três anos com dois jovens diagnosticados com autismo em seus espaços de trabalho e sociabilidade; e o acompanhamento do cotidiano de trabalho de assessoria em inclusão de uma especialista no assunto, analiso a construção social do diagnóstico do autismo e os efeitos das diferentes formas de entender, "habitar" e agenciar esta condição nos espaços laborais. Tal pesquisa permitiu-me problematizar a centralidade do conhecimento neurobiológico e dos especialistas psi e relativizar estes saberes na produção diagnóstica do autismo e na efetivação da política de cotas. Analiso também as estratégias de inserção do autismo na agenda pública, mostrando, na prática, como os diversos atores envolvidos nas disputas em torno do seu status nosológico coproduzem novos sujeitos, relações e sensibilidades sociais no Brasil.

In the context of a growing representation of autism in the media, the flexibility and complexity of its production as a "clinical diagnosis" and the fact that it is situated in a highly diversified spectrum, add to debates about this condition being a disability or neurodiversity – a "way of being". Through an ethnographic work that ranged from in-depth interviews with neurologists and psychiatrists; a participant-observation of three years with two young people diagnosed with autism in their labour routines and spaces of sociability; and the follow-up of the day-by-day work of an expert in autism, I analyse the social construction of the autism diagnosis and the effects of different modes of understanding, "inhabiting" and agenting this condition in the workplace. My research allowed me to both problematize the centrality of neurobiological knowledge and psi specialists, and to relativize these knowledges both within the production of the autism diagnostic and the implementation of the quota policy. I also discussed the strategies of insertion of autism in the public agenda, showing, in practice, how the various actors involved in the disputes around autism’s nosological status co-produce new subjects, relations and social sensibilities in Brazil.

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