Experimentações sobre a paisagem sonora de Évora no Novo Cinema Português

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8 novembre 2021

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Tiago Fernandes, « Experimentações sobre a paisagem sonora de Évora no Novo Cinema Português », Publicações do Cidehus, ID : 10.4000/books.cidehus.17790


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Résumé Pt En

Na década de 60, o Novo Cinema Português propôs uma abordagem estética alternativa à linguagem cinematográfica convencional que tinha vigorado até então. Recusando uma representação objetiva da realidade, os filmes inseridos neste movimento de renovação do cinema português, influenciados pelas correntes internacionais do cinema moderno, procuram reinventar, a partir da experimentação, as paisagens visuais e sonoras com uma estratégia de intervenção criativa e subjetiva que, acima de tudo, refletisse o olhar e a escuta do cineasta enquanto autor.“As Pedras e o Tempo” (1961, Fernando Lopes) e “A cidade” (1968, José Fonseca e Costa) destacam-se de outros filmes turísticos encomendados por órgãos públicos na mesma década. Ao contrário da generalidade dos filmes realizados no mesmo contexto de produção, estas duas obras são sobretudo assumidas tentativas de reinventar uma linguagem cinematográfica que se encontrava relativamente formatada e estandardizada pelos paradigmas do mercado, reproduzindo um modelo de narração e de banda sonora acriticamente estabelecido para essa categoria de filmes. O objetivo desta proposta é partir da análise formal e narrativa destas duas obras para analisar a paisagem sonora da cidade de Évora estabelecida no cinema português na década de 60, particularmente através da reconstrução da paisagem sonora promovida pelo Novo Cinema Português e, num segundo momento, refletir sobre o processo de remapeamento do território nacional através das sonoridades regionais que diversos autores iriam desenvolver nessa década e na seguinte, nomeadamente, através de novas propostas de narrativas documentais.

In the 60s, the New Portuguese Cinema proposed an aesthetic approach alternative to the conventional cinematographic language that prevailed until then. Refusing an objective representation of reality, the films inserted in this movement of revising cinema in Portuguese, influenced by the international currents of modern cinema, reinvent, start from experimentation, as visual and sound landscapes with a creative and exposed action strategy that, above all, reflect or look and listen to the filmmaker as an author. “As Pedras e o Tempo” (1961, Fernando Lopes) and “A cidade” (1968, José Fonseca e Costa) stood out from other tourist films commissioned by public agencies in the same decade. Contrary to the majority of films made in the same context of production, these two works are mainly assumed by attempts to reinvent a cinematographic language that can be found relatively formatted and standardized by market paradigms, reproducing a narration model and soundtrack uncritically defined for that category of films. The purpose of this proposal is to start from the formal and narrative analysis of these two works to analyze the soundscape of the city of Évora and record in Portuguese cinema in the 60s, especially after the reconstruction of the soundscape promoted by the New Portuguese Cinema and, secondly , reflect on the process of remapping the national territory through regional sounds that different authors would develop in this decade and, next, namely, through new document narrative strategies. Évora, cinema, landscape, territory, sonorities

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