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15 janvier 2014
- doi: 10.4000/cal.2710
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A. Matharan Gabriel et al., « Sciences participatives et restitution », Cahiers des Amériques latines, ID : 10.4000/cal.2710
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Résumé
On appelle « sciences participatives » les programmes scientifiques visant à répondre directement ou indirectement à des demandes de la société civile, et qui associent les diverses parties prenantes dans la construction d’un objet, dans son exploration, et dans les décisions qui peuvent en dériver. L’objet de ce dossier est de présenter, d’un point de vue avant tout méthodologique, un éventail de recherches participatives divergeant dans leurs modalités et dans leurs finalités. On distinguera d’abord celles dont l’objectif est d’abord d’accroître les connaissances scientifiques (articles de Couvet & Teyssèdre, Legrand, et Kohler et al.) ; puis celles qui répondent à des demandes locales (gestion des risques – Hardy ; mise en place de filières horticoles – Correia et al) ; enfin, un regard extérieur posé sur les dynamiques participatives à l’échelle micro-locale, dans leur impact sur l’organisation d’une micro-société (article de Stoll et Folhes). Dans la mesure où ce dossier se veut une présentation ample de la démarche participative, on ne s’étonnera pas d’en voir les trois premiers articles consacrés à la dimension française de la question. Quant au champ privilégié par ce type de recherche, il se situe à l’interface de la nature et de la société. Il répond à une demande forte de prise en compte de l’environnement au niveau global, demande qui vient buter, localement, sur des dynamiques sociales et économiques difficiles à maîtriser. L’intervention d’équipes scientifiques apparaît alors comme révélateur d’un état des lieux et comme médiateur entre environnement et société. Chamamos “ciências participativas” os programas científicos que visam responder diretamente ou indiretamente às necessidades da sociedade civil, e que associam as diversas partes envolvidas na construção de um objeto, na sua exploração e nas decisões que podem dele derivar. O objetivo deste dossiê é apresentar, de um ponto de vista antes de tudo metodológico, um leque de pesquisas participativas, divergindo nas suas finalidades e modalidades. Distinguiremos a princípio estas pesquisas cujo objetivo primeiro é aumentar os conhecimentos científicos (artigos de Couvet & Teyssèdre, Legrand, et Kohler et al.); em seguida os que tratam as necessidades locais (gestão de riscos – Hardy; implementação de filiais hortícolas – Correia et al) e, finalmente, um olhar exterior voltado sobre as dinâmicas participativas na escala micro local, no impacto sobre a organização de uma micro sociedade (artigo de Stoll e Folhes). Na medida em que este dossiê pretende uma apresentação ampla da iniciativa participativa, não nos surpreenderemos ao ver os três primeiros artigos consagrados à dimensão francesa da questão. Quanto ao campo privilegiado por este tipo de pesquisa, situa-se na interface da natureza e da sociedade, porquanto corresponde a uma forte necessidade de considerar o meio ambiente em nível global, pedido que vem bater, localmente, a dinâmicas sociais e econômicas difíceis de dominar. A intervenção de equipes científicas aparece então como reveladora de uma situação multifacetada e como mediadora entre meio ambiente e sociedade. We call "participative sciences" the scientific programs which aim is to answer directly or indirectly demands of the civil society, and which associate the diverse stakeholders in the construction of an object, in its exploration, and in the decisions which can derive from it. The object of this special issue is to present, from a methodological point of view, a range of participative researches diverging in their modalities and their purposes. We shall first distinguish those which primary objective is to increase scientific knowledge (Couvet and Teyssèdre; Legrand; and Kohler et al.); then those who answer local demands (risk management, Hardy; implementation of horticultural commercial networks, Correia et al); finally, an outside look put on the dynamics of participation in a micro-local scale, considering their impact on the organization of a micro-society (Stoll and Folhes). This issue aims to be an ample presentation of participative approaches. The field favored by participative research is situated in the interface of nature and society. It wishes to respond to the necessity of considering the environment at a global level, a demand that comes to locally stumble over social and economic dynamics which need to be negotiated. The intervention of scientific teams appears then as revelation of a current situation and as mediator between environment and society.