26 juin 2018
Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/1646-7698
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ , info:eu-repo/semantics/openAccess
Isabel Peixoto Correia et al., « Autoficção em Journal d’un fantôme de Nicolas de Crécy », Carnets, ID : 10.4000/carnets.4328
A génese de Journal d’un fantôme, de Nicolas de Crécy, radica numa Geo hors-série, concebida por artistas gráficos. Esta experiência virá a ser problematizada pelo autor, o qual se questiona acerca da viagem ao Brasil, do alojamento que lhe é providenciado, do que vê, do estatuto que a revista lhe confere e, até, da sua responsabilidade futura. Efectivamente, cada vez mais cidadãos questionam as viagens. Ou o “grand tour” ou nada. O nosso mundo assemelha-se cada vez mais – como no filme homónimo de Jia Zhang-Ke – a um parque temático. A aparente traição do artista pode reverter a favor da indústria cultural, para a qual, provavelmente, também não há má publicidade. Importa é descobrir de que forma de Crécy solicita à realidade que se torne fantástica – e como poderemos descodificar a autoficção nesta narrativa literária e visual.