This text describes the communication structure of the French social movement Collectif Lyon Pour La Liberté from its creation in 2021 until the month of September in 2022. The first observations of the communication actions of Lyon Pour La Liberte revealed that the circulation of meanings did not only manifest itself as a product of mediatization, and took place in different media systems. In order to test such hypothesis it was necessary the development of a method focused on the analysis of intersystemic circulation (Carlón, 2020) supported by the evidential paradigm (Ginzburg, 1980) and by the analysis of correlations and contexts of discourses collected from the interaction channels of the collective. The theoretical framework that triggered the investigation includes theories such as mediatization (Verón, 2014), circulation of meanings (Boutaud & Verón, 2007; Carlón, 2018) and social movement studies (Jamison & Eyerman, 1991). From the research, it was possible to verify the use of groups on Telegram as the main channels of mobilization of Lyon Pour La Liberté and therefore the core of its communication structure, in addition to the use of circulation of meanings as a communication strategy by the Collective confirming the initial hypothesis. Finally, it was possible to observe significant changes in the organization of the Collective as an effect of the circulation, indicating its possible institutionalization.
Ce texte décrit la structure communicationnelle du collectif français Lyon Pour La Liberté depuis sa création en 2021 jusqu'au mois de septembre 2022. Les premières observations des actions de communication de Lyon Pour La Liberté ont révélé que la circulation des significations ne se manifestait pas seulement comme un produit de la médiatisation, et qu'elle avait lieu dans différents systèmes médiatiques. Afin de tester cette hypothèse, il a été nécessaire de développer une méthode d'analyse centrée sur l'analyse de la circulation intersystémique (Carlón, 2020) soutenue par le paradigme indiciaire (Ginzburg, 1980) et l'analyse des corrélations et des contextes des discours recueillis à partir des canaux d'interaction du Collectif. Le cadre théorique utilisé pour l'analyse comprend des théories telles que la médiatisation (Verón, 2014), la circulation des sens (Boutaud & Verón, 2007) et les études sur les mouvements sociaux (Jamison & Eyerman, 1991). À partir de la recherche, il a été possible de vérifier l'utilisation des groupes Telegram comme principaux canaux de mobilisation de Lyon Pour La Liberté et donc le cœur de sa structure communicationnelle, en plus de l'utilisation de la circulation des sens comme stratégie communicationnelle par le Collectif, qui a confirmé l'hypothèse initiale.. Enfin, il a été possible d'observer des transformations significatives dans l'organisation du Collectif en tant qu'effet de la circulation, ce qui indique la possible institutionnalisation de Lyon Pour La Liberté.
Este texto detalha a estrutura comunicacional do movimento social francês Collective Lyon Pour La Liberté desde sua origem, em 2021, até o mês de setembro de 2022. As primeiras observações das ações comunicacionais do Lyon Pour La Liberté revelaram que a circulação de significados não se manifestou apenas como um produto da midiatização e ocorreu em diferentes sistemas de mídia. A fim de testar essa hipótese e viabilizar a realização da pesquisa exigiu a elaboração de um método centrado na análise da circulação inter-sistêmica (Carlón, 2020) amparada pelo paradigma indiciário (Ginzburg, 1980) e pela análise de correlações e contextos de discursos coletados a partir dos canais de interação do Coletivo. O arcabouço teórico acionado para a investigação inclui teorias como a midiatização (Verón, 2014), a circulação de sentidos (Boutaud & Verón, 2007; Carlón, 2018) e os estudos de movimentos sociais (Jamison & Eyerman, 1991). A partir da pesquisa foi possível constatar que o uso de grupos no Telegram é um dos principais canais de mobilização de Lyon Pour La Liberté e portanto o core de sua estrutura comunicacional, além do emprego da circulação de sentidos como estratégia comunicacional pelo Coletivo, confirmando a hipótese inicial. Por fim, foi possível observar transformações significativas na organização do Coletivo como efeito da circulação, que indicam sua possível institucionalização.