O cômputo do tempo na civilização indiana

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12 mai 2014

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Luís Filipe F. R. Thomaz, « O cômputo do tempo na civilização indiana », Cultura, ID : 10.4000/cultura.1429


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Résumé Pt En

Os sistemas de cômputo do tempo na Índia são extremamente complexos, devido a dois factores: em primeiro lugar a coexistência não só de diversas teorias e tabelas astronómicas mas também de diferentes calendários, que em parte resulta de a Índia raramente ao longo da sua história ter constituído uma unidade política; em segundo lugar uma grande preocupação, quiçá de origem mágica, com a objectividade astronómica dos dados utilizados no cômputo do tempo. Do primeiro factor indicado resultam, por exemplo, a coexistência de calendários solares, predominantes em certas regiões, com calendários luni-solares nas restantes, a contagem dos meses a partir da lua-nova ou da lua-cheia, consoante as zonas, etc. Do segundo resultam por exemplo: a adopção de estranhas unidades de tempo, como o tithi (que se pode definir como a trigésima parte de uma lunação, ou, em outros termos, o tempo que, após uma conjunção com o Sol ou seja uma lua-nova, a Lua demora a afastar-se deste 12° sobre o zodíaco); a entrada em conta da precessão dos equinócios para efeitos de determinação do início dos signos do zodíaco; etc. O presente artigo procura resumir e explicar essa diversidade de uma perspectiva histórica, pondo-a em relação com a evolução da astronomia indiana.

The systems of time reckoning in India are extremely complex, owing mainly to two factors. On the one hand, we have the lack of political unity of India during most periods of her history, which allowed the coexistente not only of different astronomic theories and tables but also of different civil calendars. On the other hand we have a strong desire of astronomic objectivity of all measurements used for time reckoning, which is perhaps of magic origin. This led to the adoption of strange unities of time, such as the tithi (which can be defined as the thirtieth part of a lunation, or, in other terms, the time the Moon takes, after a conjunction with the Sun, to get 12° far from it); and also to the introduction of the precession of the equinoxes into the determination of the signs of Zodiac. The present article tries to explain such features from a historical point of view, linking them to the evolution of Indian astronomic Science.

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