Estilo e iconografia – As beatas de Portugal e a pintura romana

Fiche du document

Date

28 mai 2013

Discipline
Type de document
Périmètre
Langue
Identifiant
Source

Cultura

Relations

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/0870-4546

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/2183-2021

Organisation

OpenEdition

Licences

https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ , info:eu-repo/semantics/openAccess

Résumé Pt En

O século XVII revelou-se bastante positivo no tocante ao enriquecimento do hagiológio lusitano, tendência que se conseguiu manter activa até inícios de Setecentos. Para além da canonização da Rainha Santa Isabel (1625), em 1671, o Papa Clemente X estende o culto de Gonçalo de Amarante (beatificado em 1561) à Ordem dos Pregadores e a todo o reino de Portugal, com missa e ofício litúrgicos próprios.Seguir-se-ão outros processos de infantas portuguesas, mais prolíferos em termos de produção artística e iconográfica, que decorrem na viragem para o século XVIII. Primeiro, o da Princesa Santa Joana (1693) e, alguns anos depois, o das filhas de D. Sancho I – Teresa, Sancha (1704) e Mafalda (processo iniciado em 1700, embora beatificada apenas em 1792). Estes processos, independentemente do seu sucesso, motivaram uma significativa produção de novas formas de representação. A proximidade com o poder papal, e com os centros de decisão, como o da Sagrada Congregação dos Ritos, levou consequentemente à opção por uma produção romana no tocante à origem das novas imagens.Apesar de motivadas por intuitos de ordem religiosa, no sentido de suscitar a devoção e divulgar o culto, estas encomendas contribuíram não só para a criação de uma nova iconografia, como para o desenvolvimento de novos conceitos estilísticos e de vertentes do gosto. De facto, elas acabam por definir a preponderância das correntes italo-romanas, que marcariam o estilo predominante da pintura portuguesa, ao longo da centúria seguinte.

The seventeenth century proved to be very positive regarding the enrichment of Portuguese Hagiology, a trend that was kept active until the beginning of the eighteenth century. In addition to the canonization of Queen and Saint Elizabeth (1625), in 1671, Pope Clement X extended the devotion of Gonçalo de Amarante (beatified in 1561) to the Order of Preachers and the whole kingdom of Portugal, with his own liturgical Mass and Office.This would be followed by other cases of Portuguese infantas (princesses), which were most prolific in terms of artistic creation and iconography, which took place at the turn of the eighteenth century. Firstly, blessed Joan of Portugal (1693) and some years later, the daughters of D. Sancho I – Theresa of Portugal, Sancha, Lady of Alenquer (1704) and Mafalda (the process was started in 1700, though she was only beatified in 1792). These processes, independently of their success, prompted significant works with new forms of representation. The proximity of the papal power, and decision-making centres, such as the Sacred Congregation for Rites, consequently led to the choice of Romanesque creations with regard to new images. Although these commissions came about due to religious reasons, in order to increase devotion and extend worship, they not only contributed to the establishment of a new iconography, but also to the development of new stylistic concepts and taste. In fact, they ended up specifying the preponderant Italo-Roman trends, which would influence the predominant style of Portuguese art throughout the following century.

document thumbnail

Par les mêmes auteurs

Sur les mêmes sujets

Sur les mêmes disciplines

Exporter en