13 décembre 2021
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Mafalda Araújo et al., « Trabalho, reconhecimento e justiça social: o caso dos cuidados informais em Portugal », e-cadernos CES, ID : 10.4000/eces.6164
A necessidade de reconhecer legal e simbolicamente os cuidadores informais tornou-se, nos últimos anos, matéria aparentemente consensual, sobretudo quando, em julho de 2019, se aprovou o Estatuto do Cuidador Informal. Contudo, a trajetória desta questão social enquanto “problema” não é isenta de disputa relativamente a um conjunto de significados, tendo os seus vários intervenientes mobilizado diferentes entendimentos ontológicos de cuidado, de trabalho, de reconhecimento e de justiça. Este artigo propõe-se analisar as operações discursivas acionadas por alguns dos principais atores deste processo político, focando-se nos documentos e discursos produzidos nesse contexto. A partir dessa análise, apresenta-se uma tipologia possível de modelos de reconhecimento dos cuidados informais, aos quais subjazem diferentes estratégias e perspetivas sobre o regime de cuidados e a justiça no trabalho.