Qualidade de vida, opinião pública e ação de bairro. A trajetória do movimento antiverticalização em São Paulo

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18 janvier 2013

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Leonardo Mello e Silva, « Qualidade de vida, opinião pública e ação de bairro. A trajetória do movimento antiverticalização em São Paulo », Revista Crítica de Ciências Sociais, ID : 10.4000/rccs.3992


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Résumé Pt En Fr

Este artigo descreve a trajetória do movimento antiverticalização, movimento social nascido no início dos anos 2000 em um bairro com raízes históricas da zona oeste de São Paulo. O movimento, formado por vizinhos com fortes laços comunitários, luta por melhor qualidade de vida e contra a especulação imobiliária que descaracteriza a região. Nesse sentido, encontra‑se na linha evolutiva das experiências de participação popular e de cidadania ativa que marcaram a cultura política brasileira dos últimos anos. São abordados os limites e a ambigüidade do poder público, ancorados em uma coalizão distributiva do crescimento na forma da ‘outorga onerosa’. O texto conclui com a sugestão de que as lutas sociais que buscam preservar seu conteúdo crítico encontram os seus participantes sobrecarregados por um trabalho que funde diferentes papéis sociais, notadamente o técnico especializado e o ativista.

This article describes the development of the antiverticalization movement, a social movement that appeared in the early years of the new millennium in a historic neighbourhood of the western zone of São Paulo. The movement, made up of neighbours with strong community ties, fights for a better quality of life and opposes the real estate speculation that has de-characterized the region. In this sense, it is a descendant of the popular participation and active citizenship experiments that have marked Brazilian political culture in recent years. The article discusses the limits and ambiguity of the public authorities, anchored in a distributive growth coalition in the form of the ‘onerous license’. The text concludes with the suggestion that the participants in social struggles that aim to preserve their critical content are engaged in a kind of work that fuses different social roles, particularly those of the technical expert and the activist.

Cet article décrit la trajectoire du mouvement anti-verticalisation, mouvement social né au début des années 2000 dans un quartier historique de la zone ouest de São Paulo. Le mouvement, formé par des voisins ayant de forts liens communautaires, se bat pour une meilleure qualité de vie et contre la spéculation immobilière qui défigure la région. Dans ce sens, il se trouve dans la ligne évolutive des expériences de participation populaire et de citoyenneté active qui marquèrent la culture politique brésilienne de ces dernières années. Nous abordons les limites et l’ambigüité du pouvoir public, ancrées dans une coalition distributive de la croissance sous forme de “licence onéreuse”. Le texte s’achève sur la suggestion que les luttes sociales qui cherchent à préserver leur contenu critique voient leurs participants surchargés par un travail qui fusionne différents rôles sociaux, notamment ceux du technicien spécialisé et de l’activiste.

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