Os reflexos da paz liberal na abordagem das Nações Unidas à consolidação da paz na Guiné-Bissau

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10 avril 2014

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Fernando Cavalcante, « Os reflexos da paz liberal na abordagem das Nações Unidas à consolidação da paz na Guiné-Bissau », Revista Crítica de Ciências Sociais, ID : 10.4000/rccs.5434


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Résumé Pt En Fr

O presente artigo explora a abordagem das Nações Unidas ao processo de consolidação da paz (peacebuilding) levado a cabo na Guiné‑Bissau após o conflito armado que assolou o país em 1998‑1999. Apesar dos esforços da Organização e de outros atores internacionais, o país parece ainda longe de atingir a paz sustentável preconizada pelos interventores. A hipótese principal que o artigo coloca é de que esta limitação resulta da forte base da abordagem onusiana no enquadramento da paz liberal. Tal enquadramento é marcado especialmente pela promoção (normalmente vertical) de valores e práticas de cunho fundamentalmente liberal a situações de pós‑conflitos armados. Argumenta‑se, portanto, que as limitações da abordagem da ONU a processos de consolidação da paz não estão apenas na implementação ou operacionalização de políticas específicas, mas também na sua própria conceptualização e formulação.

The article explores the United Nations approach to peacebuilding in Guinea‑Bissau following the 1998‑1999 armed conflict in the country. Despite efforts from the United Nations and other international actors, the country seems still far from achieving the sustainable peace advocated by intervenors. The main hypothesis herein sustained is that this limitation is due to the strong basis of the UN approach on the liberal peace framework. This framework is particularly marked by the (usually top‑down) promotion of fundamentally liberal values and practices to post‑armed conflict situations. It is thus argued that the limitations of the UN approach to peacebuilding are to be found not only in the implementation or operationalization of specific policies, but also in their own design.

Le présent article se penche sur l’approche des Nations Unies du processus de consolidation de la paix (peacebuilding) mis à exécution en Guinée‑Bissau après le conflit armé qui a ravagé le pays en 1998‑1999. Malgré les efforts de l’Organisation et d’autres acteurs internationaux, le pays semble être encore loin de pouvoir aspirer à la paix durable préconisée par les intervenants. L’hypothèse principale qu’émet cet article est celle que cette limitation est le résultat de la forte base d’approche onusienne dans l’encadrement de la paix libérale. Un tel encadrement est particulièrement marqué par la promotion (normalement verticale) de valeurs et de pratiques au caractère fondamentalement libérales à des situations d’après‑guerre. Nous soutenons donc que les limitations de l’approche de l’ONU à l’égard des processus de consolidation de la paix ne résident pas seulement dans la mise en œuvre ou l’opérationnalisation de politiques spécifiques, mais aussi dans leur propre conceptualisation et formulation. 

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