Os usos institucionais da sociedade civil: O exemplo dos Conselhos de Aglomeração

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18 janvier 2013

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Pierre Mazet, « Os usos institucionais da sociedade civil: O exemplo dos Conselhos de Aglomeração », Revista Crítica de Ciências Sociais, ID : 10.4000/rccs.780


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Résumé Pt En Fr

As práticas de democracia participativa tiveram em França impulso decisivo com os “Conselhos de Desenvolvimento” das províncias (“pays”) e aglomerações urbanas (lei Voynet, de 1999). A inclusão dos cidadãos na vida política fomentada por estas estruturas não corresponde todavia ao esperado. A partir de três estudos de caso (Bacia de Arcachon do Sul e aglomerações de Bordéus e La Rochelle), explora‑se a composição diversa dos Conselhos de Desenvolvimento, o papel dos autarcas na nomeação e controlo dos seus membros, as dificuldades de neles inserir habitantes anónimos, referindo a predominância de elementos próximos dos eleitos locais e sobretudo de vários tipos de especialistas e pessoal administrativo, habituados às lógicas de planificação e à linguagem político-administrativa. A monopolização dos debates pelo discurso especializado afasta os cidadãos do mundo associativo, cultural ou sindical dos Conselhos de Desenvolvimento. O diagnóstico final, todavia, não é simplesmente negativo, pois aponta para algumas virtualidades deliberativas, de conciliação de interesses, de abertura do jogo político local e inovação das relações políticas postas em campo pelo funcionamento dos Conselhos de Desenvolvimento.

Participatory democracy practices in France received a decisive boost with the Development Councils of the provinces (pays) and urban agglomerations (Voynet Law, 1999). The inclusion of citizens in the political life these structures have enabled has not, however, met expectations. Based on three studies of the Southern Arcachon basin and the urban agglomerations of Bordeaux and La Rochelle, this article explores the diverse make-up of the Development Councils, the role played by local councillors in appointing and controlling members, and the difficulties of including anonymous inhabitants in local government. Reference is also made to the predominance of individuals close to elected local councillors and above all to various types of specialist and administrative staff, who are accustomed to the logic of planning and political-administrative parlance. The monopoly over debate exerted by specialist discourse drives citizens away from the associational, cultural and Trades Union world of Development Councils. The final diagnosis, however, is not purely negative, since it points to a number of deliberative virtualities, to reconciling interests, to the opening up of local political activity and innovation-based political relations set in motion by the functioning of the Development Councils.

Les pratiques de démocratie participative ont eu en France un impact décisif sur les «Conseils de Développement» des pays et des agglomérations urbaines (loi Voynet de 1999). L’inclusion des citoyens dans la vie politique mise en place par ces structures ne correspond cependant pas à ce que l’on en attendait. A travers trois études de cas (Le Sud du Bassin d’Arcachon, les agglomérations de Bordeaux et La Rochelle), cette recherche approfondit la composition diversifiée des Conseils de Développement, le rôle des maires dans la nomination et le contrôle de ses membres, ainsi que les difficultés d’y insérer des habitants anonymes; elle explicite en outre la prédominance des éléments proches des élus locaux et surtout de divers types de spécialistes et de personnels administratifs, habitués aux logiques de planification et au langage politico-administratif. En effet, la monopolisation des débats par le discours spécialisé écarte les citoyens du monde associatif, culturel ou syndical des Conseils de Développement. Le diagnostic final n’est pourtant pas tout à fait négatif, dans la mesure où il révèle certaines virtualités délibératives dans la conciliation d’intérêts, l’ouverture du jeu politique local et l’innovation des rapports politiques mis en pratique par le fonctionnement des Conseils de Développement.

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