Apagando a natureza

Fiche du document

Date

2 septembre 2019

Discipline
Type de document
Périmètre
Langue
Identifiant
Relations

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/1519-1265

Ce document est lié à :
info:eu-repo/semantics/reference/issn/2316-7793

Organisation

OpenEdition

Licences

All rights reserved , info:eu-repo/semantics/openAccess



Sujets proches En Es

Plans Planos

Citer ce document

Bruno Capilé, « Apagando a natureza », Terra Brasilis, ID : 10.4000/terrabrasilis.4306


Métriques


Partage / Export

Résumé Pt En Es Fr

A paisagem urbana do Rio de Janeiro se conformou por entre morros e ecossistemas alagados, como os manguezais e as restingas. No entanto, mesmo com a persistência desses ambientes, eles deixaram de ser representados nos mapas urbanos. O objetivo deste texto foi elaborar uma breve cartobibliografia do Rio de Janeiro de modo a analisar como os ambientes biofísicos deixaram de serem representados dos mapas cariocas no final do século XIX. O silenciamento dos ecossistemas alagados destes mapas foi parte da pauta ideológica dominante de um tipo específico de cidade moderna marcada pelos ideais de progresso e civilização — fortemente articulados culturalmente no mundo ocidental. O contexto dos discursos e das práticas dos médicos, políticos e engenheiros do século XIX criou condições de idealização de um espaço urbano moderno e civilizado, do qual os ambientes considerados insalubres não faziam mais parte.

Rio de Janeiro's urban landscape was shaped by hills and flooded ecosystems such as mangroves and restingas. However, even with the persistence of these environments, they were no longer represented on urban maps. The aim of this paper was to elaborate a brief cartobibliography of Rio de Janeiro in order to analyze how biophysical environments were no longer represented in Rio de Janeiro maps in the late 19th century. The silencing of the flooded ecosystems of these maps was part of the dominant ideological agenda of a specific type of modern city marked by the ideals of progress and civilization - strongly culturally articulated in the Western world. The context of the speeches and practices of physicians, politicians and engineers of the nineteenth century created conditions for the idealization of a modern and civilized urban space, of which the environments considered unhealthy were no longer part.

El paisaje urbano de Rio de Janeiro estaba conformado por colinas y ecosistemas inundados como manglares y restingas. Sin embargo, incluso con la persistencia de estos ambientes, ya no están representados en los mapas urbanos. El objetivo de este artículo és elaborar una breve cartobibliografía de Rio de Janeiro para analizar cómo los ambientes biofísicos ya no estaban representados en los mapas de Río de Janeiro a fines del siglo XIX. El silenciamiento de los ecosistemas inundados de estos mapas fue parte de la agenda ideológica dominante de un tipo específico de ciudad moderna marcada por los ideales de progreso y civilización, fuertemente articulados culturalmente en el mundo occidental. El contexto de los discursos y prácticas de médicos, políticos e ingenieros del siglo XIX creó las condiciones para la idealización de un espacio urbano moderno y civilizado, del cual los ambientes considerados insalubres ya no formaban parte.

Le paysage urbain de Rio de Janeiro était façonné par des collines et des écosystèmes inondés tels que les mangroves et les restingas. Cependant, même avec la persistance de ces environnements, ils n'étaient plus représentés sur les cartes urbaines. Le but de cet article était d’élaborer une brève cartobibliographie de Rio de Janeiro afin d’analyser la façon dont les environnements biophysiques n’étaient plus représentés sur les cartes de Rio de Janeiro à la fin du XIXe siècle. La réduction au silence des écosystèmes inondés de ces cartes faisait partie de l'agenda idéologique dominant d'un type spécifique de cité moderne marquée par les idéaux du progrès et de la civilisation - fortement articulée culturellement dans le monde occidental. Le contexte des discours et des pratiques des médecins, des politiciens et des ingénieurs du XIXe siècle a créé les conditions de l'idéalisation d'un espace urbain moderne et civilisé, dont les environnements considérés comme malsains ne faisaient plus partie.

document thumbnail

Par les mêmes auteurs

Sur les mêmes sujets

Sur les mêmes disciplines

Exporter en