L’arrêt de la médication benzodiazépinique peut représenter une tâche ardue pour certaines personnes. Des taux de rechute élevés associés aux tentatives d’arrêt témoignent de cette difficulté. Il demeure toutefois difficile d’expliquer pourquoi certaines personnes échouent dans leurs efforts. Les connaissances actuelles pointent vers l’implication d’une composante psychologique dans la difficulté à cesser les benzodiazépines (BZD). Les attentes qu’entretiennent les individus qui entrevoient l’arrêt de leur traitement médicamenteux ont été évoquées comme explication possible à l’échec du processus de sevrage. Or, aucune étude empirique n’a examiné l’effet des attentes sur l’apparition de symptômes durant la diminution ou l’issue même du sevrage. Cet article présente le développement d’un instrument de mesure visant à évaluer les attentes personnelles face à l’arrêt de la médication benzodiazépinique chez des personnes anxieuses et présente des données préliminaires quant à la validité clinique des items. Des 50 items initiaux, 24 ont été éliminés à la suite d’un premier test auprès des participants. Des 26 items retenus, il a été observé que 8 items (par exemple, nervosité/anxiété, capacités cognitives, humeur) avaient une capacité de discrimination entre les participants ayant réussi et ceux n’ayant pas réussi à cesser leur médication. De façon générale, il a été observé que les participants qui ont réussi à cesser entretenaient des attentes significativement plus positives que ceux n’ayant pas réussi. Ces résultats préliminaires tendent à appuyer l’hypothèse selon laquelle les attentes négatives nuiraient au processus d’arrêt des BZD. Toutefois, ces résultats doivent être répliqués avec un plus grand nombre de participants.
Discontinuing the use of benzodiazepine medication can represent a difficult task for some people. High rates of relapses are associated with attempts to stop their use. However, it remains difficult to explain why some people fail in their efforts. The current knowledge suggests the involvement of a psychological component in the difficulty to stop benzodiazepine medication (BZD). Expectations of people who consider stopping their medication has been mentioned as a possible explanation of the failure of the withdrawal process. However, no empirical study has examined the effect of these expectations on the appearance of symptoms during withdrawal or its outcome. This article presents the development of an instrument aiming at assessing personal expectations regarding discontinuation of benzodiazepine medication with individuals who suffer from anxiety. It presents preliminary data related to the clinical validity of items. From 50 initial items, 24 have been eliminated following a first test with some participants. Among 26 chosen items, it has been observed that 8 items (for example, nervousness/anxiety, cognitive capacities, mood) could discriminate between participants having succeeded and those having failed. Generally, it has been observed that participants who have succeeded had expectations that were significantly more positive than people who had failed in their attempt to stop. These preliminary results tend to support the hypothesis according to which negative expectations would harm the BZD withdrawal process. However, these results must be replicated with a greater number of participants.
La interrupción de los medicamentos benzodiacepínicos puede representar una tarea ardua para algunas personas. Las elevadas tasas de recaida asociadas a las tentativas de interrupción atestiguan esta dificultad. Sin embargo, sigue siendo difícil explicar por qué ciertas personas fracasan en el intento. Los conocimientos actuales apuntan hacia la implicación de un componente psicológico en la dificultad de suspender las benzodiacepinas (BDZ). Las expectativas que mantienen los individuos que ven la suspensión de su tratamiento medicamentoso ha sido evocada como explicación posible del fracaso en el proceso de abstinencia. Ahora bien, ningún estudio epmírico ha examinado el efecto de las expectativas en la aparición de síntomas durante la disminución o incluso el resultado de la abstinencia. Este artículo presenta el desarrollo de un instumento de medida que busca evaluar las expectativas personales ante la interrupción del medicamento benzodiacepínico en personas ansiosas y presenta los datos preliminares con respecto a la validez clínica de los aspectos. De los 50 aspectos iniciales, 24 fueron eliminados después de la primera prueba. De los 26 aspectos retenidos, se observó que 8 aspectos (por ejemplo, nervios/ansiedad, capacidad cognitiva, humor) tenían una capacidad de discriminación entre los participantes que lograron y los que no lograron suspender su medicamento. En general, se observó que los participantes que lograron suspenderlo tienen expectativas significativamente más positivas que los que no lo lograron. Estos resultados preliminares tienden a apoyar la hipótesis según la cual las expectativas negativas perjudican el proceso de suspensión de las BZD. Sin embargo, estos resultados deben repetirse con un mayor número de participantes.
A interrupção no uso de benzodiazepínicos pode ser uma tarefa árdua para algumas pessoas. As taxas elevadas de recaída, associadas às tentativas de interrupção, demonstram esta dificuldade. Entretanto, ainda é difícil explicar porque algumas pessoas não conseguem, apesar de seus esforços. Os conhecimentos atuais demonstram a implicação de um composto psicológico na dificuldade em interromper o uso de benzodiazepinas (BZD). As expectativas dos indivíduos que pretendem parar seu tratamento médico podem possivelmente explicar o fracasso do processo de desabituação. Ora, nenhum estudo empírico examinou o efeito das expectativas criadas sobre a aparição de sintomas durante a diminuição ou mesmo em conseqüência da desabituação. Este artigo apresenta o desenvolvimento de um instrumento de medida que visa avaliar as expectativas pessoais frente à interrupção da medicação benzodiazepínica nas pessoas ansiosas e apresenta dados preliminares quanto à validade clínica destes itens. Dos primeiros 50 itens, 24 foram eliminados após um primeiro teste com os participantes. Dos 26 itens recolhidos, foi observado que 8 itens (por exemplo, o nervosismo e a ansiedade, capacidades cognitivas, humor) tinham uma capacidade de discriminação entre os participantes que já conseguiram e os que não conseguiram interromper sua medicação. De maneira geral, foi observado que os participantes que conseguiram interromper o tratamento tinham expectativas muito mais positivas que os que não conseguiram. Os resultados preliminares tendem a apoiar a hipótese de que as expectativas negativas atrapalhariam o processo de interrupção no uso dos BZD. Entretanto, estes resultados devem ser reaplicados em um número maior de participantes.