A Escola de Genebra vista pela Sociedade linguística de Paris

Résumé Pt

O objetivo deste artigo é observar como o desenvolvimento da Linguística em Genebra foi recebido e avaliado pela Sociedade Linguística de Paris entre 1900 e 1940. Entre essas duas datas, o sintagma nominal "Escola linguística de Genebra" passa do indefinido para o definido, transformando uma fórmula convencional, lançada por Michel Bréal durante um jantar em 1894 1 , no nome validado pelos linguistas para designar uma comunidade de pesquisadores e uma comunidade de pensamento, reconhecidas assim e dotadas, em última análise, de uma sociedade erudita e de uma revista. O período considerado é, portanto, o da emergência da Escola de Genebra até sua primeira institucionalização. Os limites cronológicos desta pesquisa correspondem a momentos cruciais para a história social da Linguística, tanto na França quanto na Suíça. Se a primeira década do século viu, em Genebra, esse momento seminal dos últimos anos do ensino saussuriano, também coincidiu, em Paris, com a ascensão de Antoine Meillet à cátedra de Gramática comparada do Collège de France e ao cargo de secretário adjunto da Sociedade Linguística de Paris (1906). Essa década inaugurou, assim, aquilo que a historiografia contemporânea costuma chamar de "reinado de Meillet sobre a Sociedade" até os anos de 1930 (Lamberterie, 2005: 41). O ano de 1940, por fim, no qual vamos parar, vê simultaneamente a suspensão das atividades da Sociedade Linguística de Paris, por causa da invasão alemã e, na Suíça, a criação da Sociedade Linguística de Genebra e de sua revista, os Cahiers Ferdinand de Saussure.

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