Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP

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2012

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Revista de Saúde Pública



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Alexandre Grangeiro et al., « Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP », Revista de Saúde Pública, ID : 10670/1.1mxinq


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"OBJETIVO:Analisar a prevalência e o perfil de vulnerabilidade ao HIV demoradores de rua.MÉTODOS:Estudo transversal com amostra não probabilística de 1.405moradores de rua usuários de instituições de acolhimento de São Paulo, SP, de2006 a 2007. Foi realizado teste anti-HIV e aplicado questionário estruturado.O perfil de vulnerabilidade foi analisado pela frequência do uso do preservativo,considerando mais vulneráveis os que referiram o uso nunca ou às vezes. Foramutilizadas regressões logística e multinomial para estimar as medidas de efeitoe intervalos de 95% de confiança.RESULTADOS:Houve predominância do sexo masculino (85,6%), média de40,9 anos, ter cursado o ensino fundamental (72,0%) e cor não branca (71,5%). Aprática homo/bissexual foi referida por 15,7% e a parceria ocasional por 62,0%.O número médio de parcerias em um ano foi de 5,4 e mais da metade (55,7%)referiu uso de drogas na vida, dos quais 25,7% relataram uso frequente. No total,39,6% mencionaram ter tido uma doença sexualmente transmissível e 38,3%relataram o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A prevalênciado HIV foi de 4,9% (17,4% dos quais apresentaram também sorologia positivapara sífilis). Pouco mais da metade (55,4%) tinha acesso a ações de prevenção.A maior prevalência do HIV esteve associada a ser mais jovem (OR 18 a 29anos = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), história de doença sexualmente transmissível(OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); prática homossexual (OR = 3,0 [IC95%1,28;6,92]) e à presença de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). O grupode maior vulnerabilidade foi caracterizado por ser mulher, jovem, ter práticahomossexual, número reduzido de parcerias, parceriafixa, uso de drogas eálcool e não ter acesso a ações de prevenção e apoio social.CONCLUSÕES:O impacto da epidemia entre moradores de rua é elevado,refletindo um ciclo que conjuga exclusão, vulnerabilidade social e acessolimitado à prevenção."

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