Hauntology and nostalgia in the touristed landscapes of Sarajevo

Résumé En Pt

Drawing on anthropological and ethnographic developments in the study of urban tourism, this essay offers a description of Sarajevo’s tourist landscapes from the perspective of an ethnographic tourist, detailing how time is inscribed in the cityscape and how the events of the break-up of Yugoslavia and the ensuing war of the 1990’s affected not only the landscape but also the presentation of the city’s most visited tourist attractions. Through tourist trajectories and tourist landscapes, the essay offers an ethnographic account on how collective memory takes place when the social worlds of locals and tourists collide. Through the figure of the modern contemporary tourist and the notions of hauntology and nostalgia as guiding concepts, questions about the commodification and consumption of heritage, collective memory and expressions of tourism, particularly dark tourism, highlight the social and political organisation of post-Dayton Bosnia and Herzegovina – the ethnopolis – but also some discontinuities and important components of our global present times.

Partindo de desenvolvimentos na teoria etnográfica e antropológica para os estudos do turismo urbano, este ensaio oferece uma descrição das paisagens turísticas de Sarajevo pela perspetiva do turista-etnógrafo, detalhando como o tempo se inscreve na paisagem da cidade, e como a desintegração da Jugoslávia, e subsequentes guerras dos anos 1990 afetaram não apenas a paisagem mas a própria representação da cidade nas suas atrações turísticas. Através de trajetórias e paisagens turísticas, o ensaio oferece um relato etnográfico de como a memória coletiva se forma na colisão de dois mundos sociais: dos moradores locais e dos turistas. Através da figura do turista contemporâneo e das noções de hauntology e nostalgia como conceitos orientadores, questões acerca da mercantilização e consumo de património, memória coletiva e expressões turísticas, particularmente nas formas de dark tourism, evidenciam a organização social e política pós-acordos de Dayton da Bósnia e Herzegovina – a ethnopolis; salientando-se também algumas descontinuidades e importantes componentes do nossa era global.