7-10 September 1974 in Lourenço Marques (Mozambique). An attempt at white independence? 7-10 septembre 1974, à Lourenço Marques. Une ntentative d'indépendance blanche?BLANCHE ? 7-10 de Setembro de 1974 em Lourenço Marques (Moçambique). Uma tentativa de independência branca? En Fr Pt

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28 décembre 2024

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Michel Cahen, « 7-10 septembre 1974, à Lourenço Marques. Une ntentative d'indépendance blanche?BLANCHE ? », HAL SHS (Sciences de l’Homme et de la Société), ID : 10.14195/1647-8622_24_4


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Résumé En Fr Pt

Article based on a paper presented at the conference ‘A Revolução dos Cravos sob o olhar dos seus opositores - The Carnation Revolution through the eyes of its opponents’, Lisbon, Instituto de Ciências sociais, University of Lisbon, 5-6 March 2024 (org. Marie-Hélène Sá Vilas Boas, Casa de Velázquez).From 7 to 10 September 1974, having learned of the content of the Lusaka Agreement between the Portuguese government and Frelimo, part of the colonial population ofMozambique’s capital rebelled against what they saw as a simple transfer of power to Frelimo. Forfour days, the occupied radio station called for revolt and support, especially from the special troops (who did not come). There were massacres of black people in the outlying neighbourhoods. The revoltwas very heterogeneous, from thimple indignation of the colonialpopulation at not being consulted ;to the ultra-fascist groups responsible for the massacres. The latter provoked a massive uprising among the black population, with the risk of indiscriminate killing of whites, which was eventually stopped by joint action by Portuguese troopsand Frelimo. However, it is all too easy to analyse this movement as an attempt at independence ‘à la Rhodesia’.Instead, it was the dream ofa ‘New Brazil’.

Article issu d’une communication au colloque « A Revolução dos Cravos sob o olhar dos seus opositores – La Révolution des Œillets sous le regard de ses opposants », Lisbonne, Instituto de Ciências sociais, Université de Lisbonne, 5-6 mars 2024 (org. Marie-Hélène Sá Vilas Boas, Casa de Velázquez).Du 7 au 10 septembre 1974, en apprenant le contenu de l’Accord de Lusaka entre le gouvernement portugais et le Frelimo, une partie de la population coloniale de la capitale mozambicaine s’est révoltée contre ce qu’elle considérait comme un simple transfert de pouvoir au Frelimo. Pendant quatre jours, la radio occupée appelle à la révolte et au soutien, notamment des troupes spéciales (qui ne viendront pas). Des massacres de Noirs ont lieu dans les population coloniale de ne pas avoir été consultée aux groupes ultra-fascistes responsables des massacres. Ces derniers ont provoqué une révolte massive de la population noire, avec le risque de massacres aveugles de Blancs, qui ont finalement été stoppés par une action conjointe desb troupes portugaises et du Frelimo. Cependant, il est trop facile d’analyser ce mouvement comme une tentative d’indépendance « à la Rhodésie ». Il s’agissait plutôt du rêve d’un « Nouveau Brésil ».

Artigo baseado numa comunicação apresentada no colóquio “A Revolução dos Cravos sob o olhar dos seus opositores”, Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, 5-6 de março de 2024 (org. Marie-Hélène Sá Vilas Boas, Casa de Velázquez).Entre 7 e 10 de setembro de 1974, ao tomar conhecimento do conteúdo do Acordo de Lusaka entre o Governo português e a Frelimo, uma parte da população colonial da capital moçambicana revoltou-se contra o que entendia ser uma simples transferência de poder para a Frelimo. Durante quatro dias, a estação de rádio ocupada apelou à revolta e ao apoio das tropas especiais (que não apareceram). Houve massacres de negros nos bairros periféricos. De facto, a revolta foi muito heterogénea, desde a simples indignação da população colonial por não ter sido consultada, até aos grupos ultrafascistas responsáveis pelos massacres. Estes últimos provo­ caram uma revolta maciça da população negra, com o perigo de massacres indiscriminados de brancos, que acabaram por ser travados por uma ação conjunta entre as tropas portuguesas e a Frelimo. No entanto, é demasiado simplista analisar este movimento como uma tentativa de independência à semelhança da Rodésia. Tratava-se, antes, do sonho de um “Novo Brasil"

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