Cet article se fonde sur la psychodynamique du travail pour offrir une présentation critique du travail des agents de santé communautaire (Agente Comunitário de Saude – Acs) qui agissent dans le cadre du Programme de santé de la famille ( Psf). Ce programme, récemment mis en œuvre au Brésil, cherche à étendre à tout le territoire national les possibilités d’accès au système de santé publique, et surtout à construire un réseau de relations avec les communautés. Ces agents sont intégrés dans des équipes de santé qui rassemblent, au sein d’une structure minimale, des médecins, des infirmiers et des auxiliaires de santé. Ils remplissent dans l’équipe un rôle stratégique, car ils font le lien entre le système de santé et la communauté et vice-versa. De ce fait, ils assument toute une série de tâches et s’exposent à vivre des situations à risque ; en effet, ils sont en contact direct avec une population socialement défavorisée, qui se trouve confrontée à des problèmes de violence et qui ne dispose pas d’un système structuré pouvant répondre à ses besoins. Le « ravailler » de ces agents communautaires est encore terra incognita ; il est à la fois source de souffrance et champ de possibles. Cet article présente une action en psychodynamique du travail qui s’est donné comme objectif l’appropriation du sens et la compréhension de la réalité d’un tel « métier ».
This article is based on psychodynamics of work in order to offer a critical presentation of the work of community agents as part of the Family Health Program. This program, recently developed in Brazil, tries to extend to the national territory the access to Public Health System, but above all it tries to build local relationships between communities. These agents are integrated into health teams that bring together, in a minimal structure, doctors, nurses and health assistants. They play a strategic part in the team by developing connections between health system and communities. That’s why they assume series of tasks and expose themselves to encounter risky situations. They are in contact with people in social disadvantage situations, confronted to problems of violence, and these people also miss a structured system that could provide for their needs. The study of the working of these agents is still as “terra incognita” : at one time it represents a source of suffering and at the same time it brings up opportunities of self accomplishment. This article shows an intervention in psychodynamics of work according to the subjective experience of meaning and understanding the reality of this kind of profession.
ResumenEste artículo se basa en la psicodinámica del trabajo para ofrecer una presentación crítica del trabajo de los agentes de salud comunitaria (Agente Comunitário de Saude - ACS) que actúan en el marco del Programa de Salud Familiar (PSF). Puesto en marcha recientemente en el Brasil, este programa busca extender a todo el territorio nacional las posibilidades de acceso al sistema de salud pública y, sobre todo, construir una red de relaciones con las comunidades. Estos agentes están integrados en equipos de salud que reúnen, en el seno de una mínima estructura, médicos, enfermeros y auxiliares de salud. Dentro del equipo tiene un papel estratégico ya que construyen el lazo de unión entre el sistema de salud y la comunidad, y viceversa. De este modo asumen toda una serie de tareas y se exponen a vivir situaciones de riesgo ; en efecto, mantienen contacto con una población desfavorecida, que se confronta con problemas de violencia y que no dispone de de un sistema estructurado que pueda responder a sus necesidades. El « trabajar » de estos agentes comunitarios aun es terra incognita ; y es, a la vez, fuente de sufrimiento y terreno de posibilidades. Este artículo presenta una acción en psicodinámica del trabajo que tuvo como objetivo la apropiación del sentido y la comprensión de la realidad de tal « oficio ».
ResumoO presente artigo apresenta e discute, sob a ótica da psicodinâmica do trabalho, o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde ( Acss) no Programa de Saúde da Família ( Psf). Esse programa, de implantação recente no Brasil tem como objetivo ampliar as possibilidades de acesso ao sistema de saúde pública em todo o território nacional e, sobretudo construir uma rede de ligação com as comunidades. Os Acss fazem parte das equipes de saúde que também contam, na sua estrutura mínima, com médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Eles têm um papel estratégico na equipe, pois são o elo entre o sistema de saúde e a comunidade e vice-versa. São, portanto, trabalhadores que desenvolvem todo um rol de ações, vivem uma situação de intensa exposição, têm um contato direto com a população com as suas carências, com a violência e com a falta de estrutura do sistema para atender às demandas da comunidade. Fonte de sofrimento e, ao mesmo tempo, campo de possibilidades, o trabalhar como Acs é ainda uma incógnita. A apropriação do sentido do seu trabalho e o esforço quanto à compreensão dessa realidade foram os principais aspectos que nortearam uma ação em psicodinâmica do trabalho, apresentada neste artigo.
