Amor e saber na experiência analítica

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2008

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Bruna Pinto Martins Brito et al., « Amor e saber na experiência analítica », Revista Mal-estar E Subjetividade, ID : 10670/1.aiuu8e


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"A oferta da construção de um saber sobre si e seu sofrimentomarca a peculiaridade da proposta da psicanálise. Assim, no iníciodo século XX, o jovem oficial que mais tarde ficou conhecidocomo ‘O homem dos ratos’ procurou Freud porque vislumbrouesclarecimentos para seus estranhos pensamentos em um livrodesse autor. Em princípio, é porque ‘quer saber’ o que lhe faz sofrer que um sujeito procura um analista. Desde os primórdios da clínicapsicanalítica, a especificidade da concepção de saber é marcadapor sua relação com o inconsciente. É que se pode vislumbrarmesmo na escolha do termo alemão Unbewusst, que apontapara um ‘saber que não se sabe’ para designar o inconsciente.Avançando nessa vertente, Lacan apresenta o inconscientefreudiano como ‘inteiramente redutível a um saber’. Esse saber,particular, próprio a cada um, inalienável, deve ser construídoem cada caso. Todavia, nos dias atuais, essa proposta entra emdesarmonia com a de um saber ‘universal’, ‘para todos’, prometidopela ciência. No que concerne o sofrimento psíquico, tal saber écolocado à disposição do público por especialistas que promovemavaliações padronizadas, anulando aquilo o que é próprio a cadaum. Na contramão dessa corrente, a psicanálise abre mão dosquestionários e manuais, instrumentos da avaliação. Então, como,a partir dela, ter acesso ao saber? Essa é a questão que norteiaeste artigo. Para tal, seguiremos a indicação freudiana de queesse acesso se faz pela via do amor, amor transferencial, confiançadepositada no analista. Pela transferência, o analista se encontra naposição de saber suposto. Isso permite àquele que fala se interessarpor saber. Todavia, frente à configuração da cultura atual, em umaépoca regida pela desconfiança, interessa-nos refletir sobre osobstáculos no caminho do estabelecimento desta experiência."

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