1 janvier 2019
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10.4000/etnografica.6431
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Saba Mahmood, « Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico », Etnográfica, ID : 10670/1.awfusu
Este artigo defende uma separação entre a noção de agência e a de resistência como um passo necessário para pensar as formas de vontade e política que não se adequam às formas seculares e liberais feministas. Através de uma análise das práticas de um movimento pietista feminino, integrado no revivalismo islâmico no Egito, este artigo sugere que a agência é melhor entendida através do paradoxo da subjetivação: um processo que não só assegura a subordinação do sujeito às relações de poder, mas também produz os meios através dos quais ele se transforma numa entidade autoconsciente e num agente. Nesta perspetiva, a agência não é simplesmente um sinónimo de resistência a relações de dominação, mas também uma capacidade para a ação facultada por relações de subordinação específicas.