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2 mars 2023

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Directory of Open Access Books, ID : 10670/1.c44nlb


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O livro é resultado de processo de pesquisa realizada junto ao Programa de Mestrado em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia. A autora trabalha com a hipótese de que as “Nagôs” de Belmonte/BA têm muito que ensinar aos processos de escolarização das relações étnico-raciais e sobre os modos de saber/fazer do povo negro. Por meio da metodologia cartográfica, ela investigou o espaço da rua, do bloco, das danças, dos cantos e do “Bloco das Nagôs Africanas” como espaço de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, uma das dimensões instigantes trazidas pela obra é a noção de experiência como formativa/educativa. Ao longo do livro, a autora prescruta como a experiência e a qualidade do “Bloco das Nagô” não remetem à usual ideia de informação, de situações/coisas que acontecem exteriores ao sujeito. Em uma palavra, nesta pesquisa experiência não é experimento. Experiência é subjetiva, singular a cada pessoa. A cartografia afro-baiana construída pela autora faz ressoar a tese apontada por Walter Benjamin em seu ensaio Experiência e pobreza (1933) quando discorre sobre o retraimento da experiência no sentido de fazer circular os saberes dos mais velhos para as novas gerações. Para o autor, a fragilização da experiência traz como uma das consequências o aniquilamento das relações com a cultura ancestral e o patrimônio cultural. O presente livro demonstra que “os passos das Nagô de Belmonte/BA vêm de longe…”, devendo ser remetido à experiência da herança ancestral presente na diáspora africana e no movimento intelectual negro.

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