Abordagem interdisciplinar e intercultural na formação d@ pesquisador(a)

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13 août 2014

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Enrique Sanchez Albarracin, « Abordagem interdisciplinar e intercultural na formação d@ pesquisador(a) », HAL-SHS : histoire, philosophie et sociologie des sciences et des techniques, ID : 10670/1.dr3z85


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Comment aborder la collaboration interdisciplinaire dans le contexte de la formation et de la recherche en tenant compte des enjeux éducatifs, sociaux, culturels et éthiques.

Como abordar hoje a colaboração interdisciplinar no contexto do ensino e da pesquisa? Este curso inserido dentro do programa PREFALC, fruto de uma colaboração franco-colombiano-brasileira, enfoca a questão em uma perspectiva cultural, histórica, sociológica e epistemológica, analisando, primeiro, as barreiras internas e externas que explicam a resistência do modelo disciplinar e tentando apreender os motivos da sua necessária superação. Baseando-se em diversas experiências de ensino e pesquisa, aponta finalmente para novos enfoques interdisciplinares baseados no conceito de "intimidade coletiva", que permitem a inclusão frutífera do diverso e do incompatível. Atualmente, a procura de novos paradigmas científicos e educativos é motivada por uma conjunção de fatores, cuja natureza é muito diversa e até mesmo, às vezes, contraditória. Esses fatores podem ser a globalização e a chamada economia do conhecimento; a liquefação das estruturas sociais; a vulnerabilidade ambiental; a aceleração, a fragmentação e a complexificação dos processos de informação e comunicação; as pressões psicológicas e sociais; as preocupações éticas e a dificuldade de abranger com as teorias e os métodos tradicionais os novos objetos da ciência. Um dos pressupostos que explica o fracasso de muitos projetos interdisciplinares é a ideia de que, necessariamente, é possível a compreensão entre duas disciplinas, podendo-se criar linguagens comuns que permitam formas de intercompreensão. Porém, nem sempre basta a combinação de conhecimentos e métodos de distintas disciplinas para abranger a amplitude de um fenômeno, ou de um objeto. Muitas vezes não há transparência, nem mesmo inter-relação. Nesses casos é preciso pensar uma interdisciplinaridade que se alimente, também, dessa falta de continuidade disciplinar apoiando-se, não só nos arquipélagos da certeza, mas também nos "não saberes" a respeito dos objetos ("the State of the Non-Art"). Nesse sentido, deve-se, portanto, procurar uma interdisciplinaridade para além da simples conjunção de disciplinas. A acumulação ou agregação, não basta, para apreender os problemas e construir o conhecimento. . De fato, nas ciências emergentes hoje, com base interdisciplinar, os fluxos de conhecimento que se produzem já não obedecem ao modelo de uma ciência que possa ser auxiliada por uma linguagem comum (como a matemática), mas por um conjunto de fragmentos heterogêneos de ciências entre os quais se formam fluxos de conhecimento. A ideia já não é combinar a multiplicidade do ponto de vista disciplinar, mas operar uma verdadeira imersão ou percolação das disciplinas. Esta metodologia que precisa ser explorada e definida ao mesmo tempo na teoria e na prática, incorporando além dos saberes eruditos, saberes populares e "não saberes" é a que permite chegar ao conceito de "intimidade coletiva". Trata-se de um conceito ainda em fase de construção que foi criado há pouco por etno-psiquiatras e psicólogos franceses para explorar um método que consiste na invenção de conceitos que permitissem passagens entre as culturas dos pacientes, dos especialistas e a conexão com o saber psiquiátrico. Depois foi retomado e ampliado por pesquisadores de diversas áreas científicas que estão tentando desenvolvê-lo na teoría e na prática do ensino e da pesquisa.

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