BOUBOU ARDO GALO, UMA INTERPRETAÇÃO SONGAI-ZARMA

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30 juin 2020

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Sandra Bornand, « BOUBOU ARDO GALO, UMA INTERPRETAÇÃO SONGAI-ZARMA », HAL-SHS : littérature, ID : 10.47044/2527-080X.2020v7.149165


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Este artigo dialoga com o de Christiane Seydou, por confrontar as interpretações do mesmo personagem histórico-lendário: Boubou Ardo Galo, por griots de diferentes culturas e idiomas – Fulas4 do Mali e Zarma do Níger. Na área fula, a epopeia de Boubou Ardo Galo está na encruzilhada entre o período1 Artigo publicado na Le Recueil Ouvert, com título original: “Boubou Ardo Galo, une interprétation songhay-zarma”. Referência original completa: BORNAND, Sandra. Boûbou Ardo Galo, une interprétation songhay-zarma. In: Le Recueil Ouvert [En ligne], mis à jour : 11/10/2017, URL : http://ouvroir-litt-arts.univ-grenoble-alpes.fr/revues/projet- epopee/273-boubou-ardo-galo-une-interpretation-songhay-zarma.2 Registro da autora em rodapé do artigo original: “Este texto se beneficiou dos conselhos e revisões de Boubé Saley Bali, Elara Bertho, Florence Goyet, Jean-Luc Lambert e Christiane Seydou. Meus agradecimentos a todos”.3 Sandra Bornand é pesquisadora do LLACAN (Linguagem, Línguas e Culturas da África Negra, UMR 8135). Antropóloga linguista, trabalha em práticas linguísticas, inclusive literárias, nas sociedades songai-zarma (Níger), a fim de entender o social através da linguagem. Entre seus trabalhos sobre a epopeia estão: Le Discours du griot généalogiste chez les Zarma du Niger. Paris: Karthala, 2005. Além dos artigos: : Une narration à deux voix. Exemple de coénonciation chez les jasare songhay-zarma du Niger. In : Cahiers de littérature orale 65 “Autour de la performance”, 2009, p. 39- 63. Mis en ligne le 01 mars 2013, consulté le 11 décembre 2016. http://clo.revues.org/1104 ; DOI : 10.4000/clo.1104 ; Hommage aux Peuls ou comment dire l’indicible en pays zarma. In : BAUMGARD, Ursula & DERIVE, Jean (éd.). Paroles nomades. Écrits d’ethnolinguistique africaine. Paris : Karthala, 2005, p. 319-340 ; Niger : une étude de l’idéologie de l’ostentation dans la société zarma ‘traditionnelle’ et moderne : l’exemple des relations entre nobles et jasare. In : Nouveaux Cahiers de l’IUED, 15, 2004, p. 87-105.4 Segundo Xina Smith de Vasconcellos, tradutora da biografia de BÂ (Amadou Hampâté. Amkoullel, o menino fula. 3a ed. São Paulo: Palas Athena: Acervo África, 2013, p. 18), a etnia africana, designada pelo termo francês peul, costuma ser traduzida na literatura inglesa como fulani, na francesa como peul e na de língua portuguesa como fula. Esta tradução adota, na esteira de Vasconcellos, esta última forma, fula, para designar essa etnia africana, em respeito ao seu uso corrente em língua portuguesa. (NT). 1pré-islâmico e a era da diina (Estado Islâmico). O personagem condensa toda a ambiguidade dessa situação e seu imenso sucesso é completamente paradoxal. Boubou de fato incorpora resistência ao Islã e lealdade ao Pulaaku (ideologia “identitária” fula), e ainda assim seu sucesso não enfraqueceu entre os Fulas, notórios propagadores do Islã no Sahel. Na área zarma, essa epopeia faz parte das chamadas histórias de “distração”, distintas daquelas relativas aos verdadeiros heróis zarma, cuja função é exaltar seus descendentes. Na história de Boubou Ardo Galo, contada pelos griots zarma, a oposição do personagem ao Islã se confunde com sua luta contra os Fulas, representados aqui pelos principais responsáveis pela implantação do Islã nessa região.

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