Les éditeurs des Pensées-de-Pascal en 1776 puis, plus encore, en 1778, ne se contentent pas de demeurer anonymes : ils développent de complexes jeux pratiques et théoriques de l’anonymat qui permettent de produire deux éditions qui critiquent profondément et renouvellent celle de 1669-1670 en l’absence même de tout travail philologique sur les autographes. L’anonymat est poussé si loin qu’il fait apparaître un sujet de l’énonciation clivé, « passionné pour le vrai », adéquat à la forme singulière d’inachèvement fragmenté de cet écrit pascalien.
Not only did the editors of Pascal’s Pensées remain anonymous in 1776 and then even more so in 1778, but they also developed a series of complex theoretical and practical games around anonymity. This enabled them to produce two editions which criticize in depth that of 1669-1670, while renewing it without carrying out any philological work on the autographs. The anonymity is pushed so far that the speech subject seems divided, “having a passion for truth” in accordance with the singular, fragmented and incomplete form used in this work by Pascal.
Em 1776 e, mais ainda, em 1178, os editores dos Pensamentos de Pascal não se limitaram a permanecer anónimos: desenvolveram complexos jogos teóricos e práticos em torno do anonimato que levaram à produção de duas edições que criticam e renovam profundamente a de 1169-1670 sem que, para tal, tenham efetuado qualquer trabalho filológico a partir dos autógrafos. O anonimato é levado tão longe que deixa transparecer um sujeito da enunciação fraturado, “apaixonado pela verdade”, em sintonia com o inacabamento fragmentado que caracteriza este texto pascaliano.